Xanndy, o pagodeiro que não quer ser sanguessuga de Neymar

Xanndy é amigo de Neymar, e daí? Não é por isso que o pagodeiro quer ter seu nome associado ao do atacante do Barcelona FC para sempre. Depois de ganhar um empurrãozinho do colega de infância, Xanndy quer ser reconhecido pelo seu trabalho como cantor – e não pelo padrinho famoso.

Brothers. (Reprodução/Instagram)

Brothers. (Reprodução/Instagram)

Eleito a Subcelebridade da Semana pelo POP, o cantor revelou que é sim amigão do astro do futebol, mas declarou que sabe separar as coisas. Neymar, para ele, é um velho conhecido, companheiro de pagode e de peladas. Xanndy não quer ser (mais um) sanguessuga na vida do jogador.

Xandy com sua própria plateia. (Reprodução/Facebook)

Xandy com sua própria plateia. (Reprodução/Facebook)

Alexandre Parreira nasceu em Santos, litoral de São Paulo, mas mudou-se quando criança para o interior de Minas Gerais, onde viveu até os nove anos. Depois de voltar para a cidade na baixada paulista, entrou para uma aula de canto. “Meu pai queria se livrar de mim porque eu era hiperativo. Eu já cantava na igreja e gostava muito. A música e o futebol eram as minhas duas paixões”, disse ele em entrevista para o POP.

Dez anos de trabalho para chegar aos palcos. (Reprodução/Facebook)

Dez anos de trabalho para chegar aos palcos. (Reprodução/Facebook)

Apesar de começar na música por influência do pai, o velho sempre quis que Alexandre se tornasse jogador de futebol. “Meu pai quase enlouqueceu quando eu desisti da carreira”, diz ele sobre quando deixou o time de base dos Santos, onde atuava com uma forcinha do tio Betinho, o primeiro treinador de Robinho e de Neymar.

Parceria começou nos gramados. (Reprodução/Instagram)

Parceria começou nos gramados. (Reprodução/Instagram)

Sem olhar para trás, Alexandre mudou seu nome para Xanndy – um apelido dado pela avó – e montou seu primeiro grupo. “Passei por vários grupos até decidir fazer carreira solo, há sete meses”, diz o rapaz, que hoje tem 27 anos.

A batalha por seu espaço ao sol na música começou há 10 anos e ele não esconde que conseguiu ganhar grande exposição com a ajudinha de Neymar, ex-companheiro de gramado. O atacante fez sua primeira música de trabalho “Muda de Vida” ser tocada no horário nobre do “Fantástico” em 2012, depois de ter direito a pedir uma música no programa.

Feliz da vida, na época Xanndy declarou ao Extra que Neymar era “mais que um padrinho”, era “um irmão”.

Foi um ajuda enorme, mas eu venho fazendo meu trabalho há muito tempo. É graças a isso que estou conseguindo meu espaço, me apresentando. As coisas vão acontecendo, estou tendo meus próprios fãs.

Neymar, que volta e meia cita o amigo no Instagram, contribuiu até para a fama internacional de Xanndy. Quando ele postou esse vídeo aí de baixo choveu de gringo perguntando o nome da música.

Um vídeo publicado por Nj (@neymarjr) em 

Questionado se continua em contato com as estrelas do futebol que eram seus amigos, ele diz que pouco. “A gente se fala, mas tudo é muito corrido, cada um tem sua própria vida”, revela. Com sua relação próxima à Neymar, Xanndy fez amizade com pessoas como Thiaguinho e Bruna Marquezine. Defensor do jogador, o músico acredita que ele nunca a traiu e declarou ao Extra que Laryssa Oliveira só quis se promover às custas do amigo. Atualmente, ele prefere não comentar sobre a vida do craque.

Xanndy acredita que há espaço para todos. (Reprodução/Instagram)

Xanndy acredita que há espaço para todos. (Reprodução/Instagram)

Com um gosto musical influenciado pelo pai, ele já ouviu muito Djavan, Raça Negra, Caetano Veloso, Ed Motta e Tim Maia nos churrascões de domingo e lembra com carinho de uma fita do Katinguelê que ganhou de presente de aniversário. Compositor, ele é autor de mais de 150 músicas, entre elas “Vuco Vuco”, cantada pela dupla sertaneja João Lucas e Marcelo, daquele hit chiclete “Eu quero tchu, eu quero tchã”. Hoje, ele tenta trilhar seu caminho no pagode solo.

O espaço está amplo e tem lugar para todo mundo, para cada estilo diferente. Os Travessos voltaram e o Rodrigo parou de fazer carreira solo, então eu posso cobrir essa lacuna. Eu acho que o pagode tem um espaço grande, veja o Thiaguinho e o Péricles em carreira solo. Eu acho que terei as portas abertas.

Candidato a galã e dono de muitos músculos, ele não se considera um cara bonito, mas um sujeito ajeitado. “Tem dia que eu acordo e olho no espelho e me acho bonito. Tem dia que me acho estiloso. Eu me considero uma cara simpático”, afirma.

Apesar de gostar de ouvir os gritinhos da plateia, Xanndy acredita que seus fãs não se resumem às mulheres.

Hoje tenho um público grande, é legal. Não posso negar que o público feminino é o que ajudou a tocar minha carreira para a frente, mas a rapaziada também gosta, porque as letras falam de envolvimento, amor e tem muitos homens que se identificam.

A mulherada no pé. (Reprodução/Facebook)

A mulherada no pé. (Reprodução/Facebook)

Inacreditavelmente, a única coisa que incomoda o cantor neste início de carreira é o fato de seu nome ser SEMPRE associado à Neymar e ao futebol. “O lance do futebol fica mais presente do que a música, mas ela é mais importante do que isso porque meu trabalho vem de muito antes”, diz ele, fazendo referência ao estrelismo que os amigos do Neymar ganham.

Amizade é amizade, não apadrinhamento. (Reprodução/Instagram)

Amizade é amizade, não apadrinhamento. (Reprodução/Instagram)

Xanndy não quer ser lembrado como o pagodeiro amigo do Neymar, ele quer apenas ser ele mesmo. Depois de trabalhar um ano com um CD independente, o cantor revela que está conversando com gravadoras e planeja um novo disco em breve. Para um carreira sólida, ele sabe que precisará de tempo e dedicação. “Eu sempre busquei o reconhecimento e gosto muito de trabalhar com a arte. Eu sei que agora estou exposto ao assédio e às críticas. Mas eu tenho que estar preparado”, concluiu.

 

 

bafon.pop.com.br/subcelebridade-da-semana-xanndy-o-pagodeiro-que-nao-quer-ser-sanguessuga-de-neymar/

Autor / Fonte: POP

Leia Também

Comentários