Venezuela barra coalizão da oposição em eleições presidenciais

Venezuela barra coalizão da oposição em eleições presidenciais

Mulher com uma criança de colo lança seu voto em frente a um mural do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez durante as eleições da Assembleia Constituinte em Caracas, na Venezuela - 30/07/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela ordenou nesta quinta-feira que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) exclua a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) do processo de validação das cédulas eleitorais, que será realizado no próximo final de semana.

A decisão do TSJ significa que a MUD não poderá se inscrever nas eleições como coalizão, ou seja, os partidos políticos que integram a aliança deverão apresentar candidatos separados para a corrida. A medida foi apenas o último golpe contra a oposição, visando fragmentar os adversários do presidente Nicolás Maduro.

A coalizão planejava realizar primárias para escolher um candidato conjunto em breve.

Horas antes, a diretora eleitoral Tania D’Amelio informou que os opositores não poderiam validar seu cartão unitário em sete estados do país, onde uma queixa criminal contra a MUD foi arquivada. Ela disse que pesa contra a coalizão opositora uma acusação por falsificação de assinaturas quando solicitaram o referendo revogatório em 2016.

Quando a MUD “entregou as primeiras assinaturas, havia algumas pessoas falecidas, menores de idade, pessoas que estavam em interdição”, disse. O chavismo entrou com uma ação judicial sobre o caso, mas não houve um julgamento definitivo até o momento.

Este processo já impediu que a oposição usasse seu cartão unitário na eleição de governadores, em outubro do ano passado, nos sete estados onde foram interpostos recursos judiciais.

Alguns dos líderes mais populares da oposição, como Leopoldo López e Henrique Capriles, também estão proibidos de participar da eleição, que deve acontecer antes do dia 30 de abril. Alguns estão presos, outros estão em exílio ou banidos da política.

(Com Reuters e EFE)

Autor / Fonte: Veja

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