Que se lasque o Zezinho

Porto Velho, RO – Os entes federados do Brasil, municípios, estados e a união, mesmo com todos os seus os órgãos públicos, de todos os poderes, não produzem riqueza, não aumentam o PIB e nem põem comida na mesa do trabalhador.

Mas eles compõem a empresa Brasil, o maior empregador do país e dono de um cofre chamado ‘tesouro nacional’, com alguns trilhões de reais para atender aos cidadãos no estrito cumprimento das previsões legais.

Uma das prioridades é garantir o pagamento dos seus trabalhadores com aumentos salariais e vantagens que não param de se multiplicar. Aí emprega-se a regra de ‘farinha pouca, meu pirão primeiro’.

Todos buscam um pedaço desse tesouro. Até de forma ilegal. A exemplo de Sérgio Cabral, Lula, Renan, Odebrecht, Camargo Correia, Donadons, Carlão de Oliveira e Natanael Silva. A lista é longa.

E o trabalhador, cá fora, que se vire para pagar a conta.

Esse brasileiro, o Zezinho ‘que se vira nos trinta’, é o patrão do servidor que tem estabilidade no emprego, salário que só sobe, quinquênio, diárias, e vantagens diversas. E só é demitido por falta
grave comprovada em processo.

O Zezinho, que gera o dinheiro, não tem nada disso. E ganha muito menos, mesmo exercendo atividade igual àquele.

E se o patrão amanhecer com ovo virado, manda-o para o olho da rua, pois não tem estabilidade. Que engrosse as filas de desempregados. Dane-se.

É uma lógica desigual e injusta. Malvada.

Talvez seja por isso que os servidores municipais de Porto Velho estão, insuflados por sindicatos, dando uma demonstração que não tão nem aí para o Zezinho e a dona Maria que se arrebentam para pagar-lhes os salários. Querem mais e mais. E não abrem mão de nada.

Não querem nem saber se a prefeitura tem dinheiro ou não, se tem queda de receita, se não está crescendo. Isso não interessa. É problema do prefeito. Ele que se vire.

Não interessa se a rua e a casa do Zezinho está alagada por falta de drenagem, se o colégio não tem merenda, se o posto de saúde não tem médico nem remédio. Isso é problema lá do prefeito.
 
Que se danem.

Também o cara nomeia trocentos assessores com salários nas alturas só para garantir apoio de vereadores e agora vem dizer que não tem dinheiro! Conta outra!

Suspendeu os efeitos da lei que elimina o quinquênio? Agora é que quer discutir!

- Eu quero é o meu! O dinheiro do ‘tesouro’ é para pagar, primeiro, o meu salário com todas as minhas vantagens.

Se sobrar... bem, aí... pode comprar o remédio, a lâmpada... sei lá!

Roube, faça o que quiser.

Essa é a lógica que impera sob a égide dos sindicatos.

E vamos promover movimentos. Diretoria que trabalha é a que faz greves, promove protestos e realiza passeatas.

Qualquer motivo é um bom motivo. Só não pode é perde o posto, a mamata e voltar para a pobreza.

“Eu te amo meu Brasil, eu te amo”

Esse é o Brasil. Contraditório e injusto. Muda Brasil!!!

Osmar Silva – Jornalista e presidente da Associação da Imprensa de
Rondônia-AIRON – [email protected]

Autor / Fonte: Osmar Silva

Comentários

Leia Também