Porto Velho, RO – O Rondônia Dinâmica foi contatado por uma professora da Escola Estadual João Bento da Costa (JBC), situada no Bairro Jardim Eldorado, Zona Sul da Capital.
A educadora não quis se identificar, mas enviou fotografias mostrando, segundo ela, como tem sido a rotina no educandário em todo o ano de 2018 por conta de “obras que nunca terminam”.
Nos últimos anos, o JBC figurou, em média, entre as cinco melhores escolas públicas do Estado levando em conta a performance de seus alunos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
Canteiro de obras, barulheira e poeira
A professora relatou que tanto os alunos quanto os profissionais a serviço do educandário estão sujeitos à barulheira insuportável advinda de uma “obra que nunca termina”.
Mas o problema não são apenas os ruídos e a poluição sonora incessante que atrapalham as aulas e o aprendizado.
“Foi assim de janeiro a dezembro, uma lástima”, pontuou. E acrescentou que, durante o ano inteiro, ela, os demais professores e também os alunos respiraram o pó danoso de construção civil, altamente prejudicial à saúde, especialmente aos pulmões.
Ainda segundo a educadora, nunca houve inspeção técnica na obra ou qualquer outro tipo de fiscalização.
“Estamos trabalhando sob essas condições desumanas. Não tem condições. O ambiente é totalmente insalubre. Vamos adoecer diante dessa barbárie. Alguém precisa fazer algo. Mas quem?”, questionou.
A professora espera, com a exposição da situação, mostrar aos pais e às mães dos alunos a situação de risco em que seus filhos se encontram, mas também chamar a atenção dos representantes do Ministério Público (MP/RO) a fim de que as medidas necessárias sejam tomadas o quanto antes.
“Precisamos de uma intervenção urgente no João Bento da Costa antes que seja tarde. Quando nós adoecermos, quem será responsabilizado por isso?”, concluiu.
Confira as imagens do local
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