Porto Velho, RO – Uma sentença de 77 páginas prolatada pelo juiz de Direito Edvino Preczevski, da 2ª Vara Criminal de Porto Velho, deu mais um duro golpe em organizações criminosas que agem no Estado de Rondônia.

Desta vez, atingiu em cheio uma célula capitaneada por Agnaldo Frota dos Santos, conhecido como ‘Graxa’. Graxa seria, segundo o Ministério Público (MP/RO), comandante de uma organização criminosas voltada à prática de subtração de carros seminovos, especialmente com o uso de bloqueadores de travas eletrônicas das portas.

Clique aqui e veja a íntegra da sentença. 

Escutas telefônicas autorizadas pela Justiças foram primordiais para a obtenção de provas e o desfecho condenatório no caso.

Ainda de acordo com o MP/RO, após as subtrações, contanto com apoio criminoso inclusive de funcionários do DETRAN/RO, despachantes, empresas fabricantes de placas e até mesmo servidores de cartórios, a sofisticada organização criminosa conseguia informações privilegiadas a respeito dos veículos que seriam clonados.

Além disso, a facção tinha acesso aos certificados de registros e licenciamento veicular (CRLV) e confecções de placas para substituição às originais, possibilitando a venda a preços convidativos como se fossem produtos do chamado golpe ‘Finan’, ou seja, sem restrições de furto ou roubo nos órgãos de Trânsito e/ou Segurança Pública.

Há notícias de remessas de carros para a Bolívia, Amazonas, Pará e interior de Rondônia.

Além do ‘cabeça’ do grupo, o Graxa, outros trezes envolvidos foram sentenciados. São eles: Cláudio Rogers Colaço, Raíssa Barros da Silva, Edson Souza dos Santos, Raimi Barros da Silva, Rudson Alves dos Santos, Darcilvan Rocha de Sousa, Eugênio Alves dos Santos, Poli Alves dos Santos, Geovanir Lima Pereira, Jonatas Soares de Oliveira, Mário Fernando Mendes Fialho, Max Castro Furtado e Valnir Gonzaga Leles Júnior.


Considerações do juiz e o organograma da facção criminosa / Imagem.: Divulgação

Robson Siqueira da Costa foi o único absolvido de todas as condutas criminosas apontadas.

Cada um deles recebeu a pena de acordo com a participação nos crimes imputados pelo MP/RO.

Cabe recurso.

Penas impostas

1)

Nome: Agnaldo Frota dos Santos (líder)
Vulgo: Graxa
Pena: 18 anos, 11 meses e dez dias de reclusão
Regime inicial de cumprimento: fechado

2)

Nome: Cláudio Rogers Colaço
Vulgo: João Ribeiro
Pena: 17 anos e um mês de reclusão
Regime inicial de cumprimento: fechado

3)

Nome: Raíssa Barros da Silva (companheira de Graxa)
Vulgo: Não tem
Pena: 03 anos de reclusão
Regime inicial de cumprimento: aberto
Observação: Pena de privação de liberdade foi substituída por duas restritivas de direito.

4)

Nome:  Edson Souza dos Santos
Vulgo: Pitoco
Pena: 04 anos e 08 meses de reclusão
Regime inicial de cumprimento: Fechado

5)

Nome: Raimi Barros da Silva
Vulgo: Gordinho
Pena: 06 anos de reclusão
Regime inicial de cumprimento: Semiaberto

6)

Nome: Rudson Alves dos Santos
Vulgo: Babalu
Pena: 04 anos e 09 meses de reclusão
Regime inicial de cumprimento: Semiaberto

7)

Nome: Darcilvan Rocha de Sousa
Vulgo: Neném
Pena: 07 anos e 07 meses de reclusão
Regime inicial de cumprimento: Semiaberto

8)

Nome: Eugênio Alves dos Santos
Vulgo: Zeno
Pena: 04 anos e 08 meses de reclusão
Regime inicial de cumprimento: Fechado

9)

Nome: Poli Alves dos Santos
Vulgo: Não tem
Pena: 04 anos e 08 meses de reclusão
Regime inicial de cumprimento:  Fechado

10)

Nome: Geovanir Lima Pereira
Vulgo: Neves
Pena: 04 anos e 08 meses de reclusão
Regime inicial de cumprimento: Fechado

11)

Nome: Jonatas Soares de Oliveira
Vulgo: Pedrinho
Pena: 04 anos e 08 meses de reclusão
Regime inicial de cumprimento: Fechado

12)

Nome: Mário Fernando Mendes Fialho
Vulgo: Teco
Pena: 04 anos e 08 meses de reclusão
Regime inicial de cumprimento: Fechado

13)

Nome: Max Castro Furtado
Vulgo: Chocolate
Pena: 04 anos e 08 meses de reclusão
Regime inicial de cumprimento: Fechado

14)

Nome: Valnir Gonzaga Leles Júnior
Vulgo: Não tem
Pena: 07 anos de reclusão
Regime inicial de cumprimento: Semiaberto

Autor / Fonte: Rondoniadinamica

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