Opinião – Trânsito se mantém caótico, abusos continuam e Semtran adormece

Opinião – Trânsito se mantém caótico, abusos continuam e Semtran adormece

Porto Velho, RO – O desafio de administrar um município do porte de Porto Velho não é simples. Maior que vários estados e países, com cerca de 5 mil quilômetros de estradas vicinais, a capital de Rondônia é administrada desde o início do ano pelo ex-promotor de Justiça, Hildon Chaves (PSDB), iniciante na vida pública eleitoral.

Concluindo o segundo mês de governo, Hildon e sua equipe já encontraram obstáculos complicados pela frente, difíceis de serem transpostos. A doação de terreno para empresa privada que explora comercialmente o povo, a retirada do quinquênio dos salários dos servidores e a retirada dos camelôs da Avenida 7 de Setembro foram alguns deles.

Por enquanto, teve que recuar em todos. Afoiteza, precipitação ou má informação dos assessores?

Mas o maior problema continua sendo o trânsito caótico da capital, onde são praticadas irregularidades a cada metro das principais ruas e avenidas dos bairros e da área central. Por isso estamos sendo incisivos na cobrança por melhorias e ações concretas no nevrálgico setor da administração municipal.

O responsável pela Secretaria Municipal de Trânsito (Semtran), Marden Ivan de Carvalho Negrão, que assumiu com pompa de profundo conhecedor da área, ainda não disse a que veio.

Teve pelo menos dois meses (novembro e dezembro) para se preparar e agora estamos caminhando para concluir os primeiros dois meses à frente da complicada secretaria.

Nos praticamente 4 meses com a responsabilidade de organizar o trânsito da capital, pouco ou nada foi feito, a não ser o sumiço dos agentes de trânsito, ou “agentes de multas” das ruas e avenidas de Porto Velho.

Durante o período de atuação na administração anterior (Mauro Nazif-PSB) os chamados “cabeças de tapiocas” pela população somente engordaram o Caixa da prefeitura. Não fiscalizavam, não orientavam, não organizavam, apenas multavam e o trânsito se manteve caótico, como sempre.

Transitar em Porto Velho é assistir a um festival de irregularidades, abusos, crime até. A cada dez carros que passam, pelo menos em sete deles os ocupantes não utilizam o cinto de segurança. Nas proximidades dos colégios de ricos as filas duplas, triplas são comuns e ninguém fiscaliza, orienta, multa ou aprende o veículo, se for o caso.

Os motoqueiros –não os motociclistas– são havidos em cometerem irregularidades: velocidade excessiva, “furo” de sinal, crianças transportadas indevidamente e sem capacete, passagens pela direita, transitar na contramão. Motoristas também são irresponsáveis: insulfilm fora das normas são algumas das inúmeras barbaridades praticadas por esses elementos. É possível visualizar pessoas de idade, que deveriam ser mais responsáveis não utilizar o cinto, que é obrigatório.

Um absurdo!

Semáforos desajustados, sem sincronismo e instalados de forma errônea; sinalização precária, orientação zero, punição equivocada também são comuns no trânsito louco de Porto Velho. A Lei de Gerson prevalece.

O trânsito da capital precisa de ação urgente e medidas concretas para melhorar o fluxo. O controle em vários cruzamentos nos momentos de pico se necessário, ser executado por agentes para privilegiar as vias de maior movimento e os semáforos sincronizados.

Retomar a parceria (convênio) com a Polícia Militar seria importante, pois o pessoal da PM tem plenos conhecimentos do trabalho no trânsito e, por isso, mais respeito da população.

Já quem fura sinal, imprime velocidade acima da estabelecida (no caso motoqueiros) deve ser punido com a multa e apreensão do veículo. Flagrado o irresponsável deve ficar a pé, já que a pressa é o caminho mais próximo da irregularidade e a parceira dos acidentes fatais.

A expectativa é que a Semtran exerça sua função de disciplinar o trânsito punindo os irresponsáveis, mas que antes organize, oriente, sinalize, fiscalize, puna para que o Pronto Socorro João Paulo II não fique abarrotado de pessoas vitimadas no trânsito, a maioria motoqueiros com prejuízos para o bom atendimento aos demais segmentos da população. 

Autor / Fonte: Waldir Costa/ Rondoniadinamica

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