Opinião – Sou governador, e agora!?

Opinião – Sou governador, e agora!?

A situação do governador-eleito de Rondônia, coronel Marcos Rocha (PSL), a princípio é das mais confortáveis. Não precisou lotear cargos, não fez “acordos” obscuros, não prometeu vender a alma e muito menos mendigou apoio financeiro e político a ninguém. Ótimo.

Marcos Rocha foi eleito envolto pela disposição de o brasileiro querer mudar a corrupta política brasileira, que ficou exposta, após a deflagração da Operação Lava-Jato. Marcos Rocha surgiu para o povo de Rondônia, assim como o presidente da República-eleito, Jair Bolsonaro (PSL), o maior fenômeno eleitoral da era moderna, do computador, do celular, das redes sociais.

Sem nunca ter enfrentado as urnas e muito menos pedir votos ao povo, pois Marcos Rocha é militar, que tem como a principal função cuidar da segurança da população, ele foi eleito com votação das mais expressivas. Não pediu favores, não prometeu cargos; nem precisou vender a alma, como a maioria faz, e, ainda, não entregar.

O coronel Marcos Rocha receberá a incumbência de administrar o Estado a partir de janeiro do próximo ano. Estado “vendido” pelo ex-governador Confúcio Moura (MDB), que conseguiu se eleger senador na “raspa do tacho”, como o novo Éden. Quem conhece a realidade econômico-social do Estado sabe que não é assim.

O governador Daniel Pereira (PSB), que era vice de Confúcio não fez o dever de casa, que, ao receber o comando do Estado realizar uma ampla auditoria para prestar contas ao povo. O presidente do seu partido, Mauro Nazif, eleito deputado federal, alertou, na época, para a situação instável do Estado e chegou a dizer em encontro do partido em Cacoal, que Confúcio Moura, deixou uma “herança maldita” e que “Confúcio deixou para Daniel ‘coisas’ que são dignas de prisão”. Deu uma de Pilatos.

A liberdade para escolher livremente o seu secretariado é um problema para Marcos Rocha. Os companheiros de partido acham que Rocha não precisa de ninguém, que tem que privilegiá-los. Mas em política não existe divisão, e sim adição. A composição partidária é fundamental para a garantia de um bom governo. “ninguém faz nada sozinho”, diz o senador Ivo Cassol (PP-RO). E tem razão.

Os parceiros do governador Marcos Rocha devem ajudá-lo a montar uma equipe mesclada de técnicos e políticos com pessoas qualificadas. Temos que reconhecer que não é missão das mais fáceis, mas é o caminho.

Hildon Chaves (PSDB), prefeito de Porto Velho, nunca tinha participado de política e acabou sendo eleito. Nos primeiros 15 meses de governo trocou praticamente todos os secretários e somente agora, completando o segundo ano de governo está conseguindo ajustar a “máquina administrativa”.  Administração pública é complexa e desafia até a Lei da Física, que a menor distância entre dois pontos é uma linha reta.

Política é um assunto tão complicado, que mesmo o cidadão sendo eleito sem nenhuma composição partidária ou compra de votos, como Rocha tem dificuldades para montar um secretariado em condições de dar conta do recado. O povo que elegeu Marcos Rocha, mesmo os adversários acredita, que ele conseguirá montar uma boa equipe e realizar um bom governo.

Rondônia está em franco desenvolvimento agrícola, com a soja e o milho chegando com força total e precisa de um governante de visão, ousado, responsável, competente e comprometido com saneamento básico, saúde, educação, segurança, mobilidade, agricultura, pecuária.

Respaldo popular para tomar as medidas necessárias Marcos Rocha tem, pois os mais de 500 mil votos do segundo turno o credenciam para isso. A responsabilidade é grande, mas a credibilidade popular também. Mãos à obra.

Autor / Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

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