O generoso aumento de 26,67% nas passagens dos ônibus é um exemplo do que serão as PPP na Capital?

O generoso aumento de 26,67% nas passagens dos ônibus é um exemplo do que serão as PPP na Capital?

 Uma das grandes bandeiras do prefeito Dr. Hildon Chaves durante a campanha eleitoral 2016 foi as Parcerias Público Privadas (PPP), ideia que foi vendida ao eleitor como sendo o remédio para todo tipo de males da administração pública.

Entretanto, a gestão do Dr. Hildon se mostrou pouco competente na hora de enfrentar o problema do transporte coletivo; pois sancionou um aumento indecente, elevando a passagem do transporte coletivo de R$ 3,00 para 3,80, nada menos do que 26,67%, sem apresentar qualquer solução para o contrato emergencial e tão pouco cobrou metas claras de melhorias do sistema de transporte.

Imaginem, por exemplo, como será a futura Parceria Público Privada (PPP) para o lugar da CAERD que atualmente presta o serviço de abastecimento? Já pensaram num aumento de 26,67%, de uma tacada, na conta de água??? Tudo bem que o transporte coletivo não é uma PPP, neste caso “apenas” se tirou do público e deu para o privado (seria uma PP).

Sobre esse exagerado aumento da passagem de ônibus, o mais escabroso não é só o reajuste, mas a falta de metas claras, quantificadas e com prazos, para a melhoria do péssimo serviço de transporte coletivo.

Os vereadores e a população precisam cobrar do prefeito soluções urgentes no transporte coletivo de Porto Velho para questões como:

1) Valor da passagem: não pode permanecer em R$ 3,80. Se este é o valor necessário para o sistema funcionar, então o Município e o Estado têm que entrar com subsídios e desonerações ficais;

2) Contrato emergencial até quando? É uma insegurança jurídica que inibe investimentos do próprio operador do sistema. Quando será feito a licitação para contratação definitiva?

3) Aumento salarial dos trabalhadores: qual vai ser o repasse à categoria do transporte coletivo que teve apenas 4,57%% de reajuste?

4) Monitoramento da frota por GPS, principal ferramenta de fiscalização, com central de controle na SEMTRAN: quando vai estar em pleno funcionamento?

5) Aumento na frota de quantos ônibus?

6) Qual vai ser o índice de renovação e a idade máxima dos ônibus em circulação?

7) Como ficará o terminal/sistema de integração?

8) A situação dos demitidos na mudança para o Consórcio SIM?

É um absurdo, que os vereadores não podem aceitar, o prefeito dar um aumento imenso desses, sem debater e resolver pontos como os acima citados e sem uma definição clara de melhorias a curto, médio e longo prazo.

*Itamar Ferreira, é bancário, sindicalista, dirigente da CUT-RO, formado em administração de empresas e pós-graduado em metodologia do ensino, pela UNIR, e acadêmico do 9º período de direito na FARO.

Autor / Fonte: Itamar Ferreira

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