Lideranças políticas e religiosas de Rondônia declaram apoio a agricultores em greve de fome

Lideranças políticas e religiosas de Rondônia declaram apoio a agricultores em greve de fome

Por Luciana Oliveira

A greve de fome dos sete militantes de movimentos do campo contra a Reforma da Previdência completou nove dias.
Eles seguem à base de soro e água no Salão Verde, da Câmara dos deputados. Os médicos que acompanham os grevistas confirmam que alguns têm dificuldade de locomoção por fraqueza, dores de cabeça e de estômago.

Os grevistas são do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) e denunciam que, “segundo projeções dos movimentos populares, mais de 70% do segmento pode ficar de fora da cobertura previdenciária caso o texto seja aprovado.”

De várias cidades chegam manifestações de apoio, individuais e coletivas, pelo ato de bravura dos militantes que colocam a vida em risco para defender o direito de todos.

Em Rondônia, lideranças políticas e religiosas encaminharam vídeos realçando a importância do gesto simbólico à luta contra o fim do direito à aposentadoria e demais retrocessos do governo golpista.

“É uma situação extrema, onde você coloca seu bem-estar em jogo, utiliza o seu corpo e a sua saúde para protestar. Mas o que a gente vive hoje, no Congresso, com a reforma da Previdência, é uma situação extrema”, afirmou o porta-voz da coordenação do MPA, Bruno Pilon.

Não há previsão para o término do protesto e além dos sete manifestantes no Congresso Nacional, outros agricultores entraram em greve de fome nos estados de Sergipe, Rondônia e Rio Grande do Sul.
“O argumento dos movimentos é que, apesar do discurso do governo – de garantia de benefícios aos trabalhadores rurais –, a proposta obrigará a contribuição mensal e individual dos pequenos agricultores”, informou o site Metrópole.

“A gente não pode dizer que está contente com isso porque a gente não gostaria de estar fazendo isso. Num momento normal, a gente gostaria de estar estudando, debatendo agroecologia, organizando a produção, mas, pra proteger uma conquista nossa, temos que fazer com que bravos companheiros e companheiras coloquem sua vida em jogo”, declarou Pilon.

Autor / Fonte: Luciana Oliveira

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