Impressos – A crise dos jornais impressos não está limitada a Rondônia, que já fechou vários matutinos (Folha de Rondônia, Diário do Povo, Estadão do Norte) e dezenas de semanários que faziam parte do cotidiano do cidadão. Era o rádio com a informação direta, ao vivo e os jornais com fotos e detalhes da notícia, do fato. Hoje a internet com os sites noticiosos, mesmo sem o glamour dos impressos são quem dominam o mercado, infelizmente os jornais impressos de grande circulação estadual estão se acabando com raras exceções.
Impressos II – Rondônia, além do centenário “Alto Madeira”, um patrimônio histórico do Estado se mantém, o mesmo ocorrendo com o “Diário da Amazônia,a jovem “Gazeta de Rondônia” com sede em Cacoal e o tradicionalíssimo “Correio Popular", de Ji-Paraná, o primeiro jornal diário do interior. No Paraná, a “Gazeta do Povo” com mais de cem anos de história hoje circula, apenas uma vez por semana e a “Folha de Londrina” não circula mais aos domingos. A edição aos sábados traz os classificados, que ainda eram à força dos jornais dominicais. É triste, mas é a realidade dos jornais impressos brasileiros.
Vereadores – A disposição da Câmara Municipal de Porto Velho em “investir” mais de R$ 7 mil (não estão contabilizadas as passagens aéreas) dos vereadores Marcelo Cruz (PTB) e Jair Montes (PTC) demonstra com clareza os abusos com o dinheiro público. Vereador não é membro efetivo da Casa para participar de curso de Controle e Auditoria Interna, que está sendo realizado em Curitiba, esta semana. O vereador não está proibido de participar, mas desde que seja com dinheiro do seu bolso. Qual o retorno que o Parlamento Mirim terá com o curso aos dois “nobres pares”? A câmara de vereadores de Porto Velho tem técnicos –efetivos– em condições de ministrar o curso.
Regionais – O senador e ex-governador Ivo Cassol (PP-RO) quando diz que o atual governo (Confúcio Moura-PMDB) errou ao abandonar as Regionais, que muito contribuíram para o desenvolvimento do Estado está coberto de razões. Realmente as Secretarias Regionais foram fundamentais durante os mandatos (dois) de Cassol, porque o atendimento era direto e imediato e não dependia da boa vontade do DER, por exemplo. Agora dizer que o Estado está falido porque vai herdar dívida monstra já é um pouco de demagogia.
Inclusão – A disposição do coordenador do projeto “Porto Velho promovendo a inclusão”, Jailton Delogo, apresentada em reuniões com secretários municipais, para recuperação de pelo menos 100 locais da capital, que precisam de intervenção para fechar bocas-de-lobo é elogiável, mas quase utópica. Porto Velho é uma capital aonde se chega ao absurdo de assentarem guias para cegos em calçadas terminando em poste. A capital precisa de um amplo e viável Plano de Acessibilidade, que o deputado estadual Léo Moraes (PTB-PVH) apresentou no seu Plano de Governo, quando candidato a prefeito em 2016. Porto Velho tem acessibilidade zero e os trabalhos devem começar daí, do zero.
Respigo
O nosso leitor, amigo e jornalista José Carlos Sá postou comentário a respeito da nota na coluna de ontem (26), sobre a passagem “incólume” do prefeito interino de Porto Velho, Edgar (do Boi) Tonial na ausência do prefeito Hildon Chaves (PSDB). Zé Carlos tem razão quando questiona: “como o Edgar passou incólume, se a exoneração de comissionados, mesmo seguindo a lei?” +++ A curta passagem de Edgar do Boi na prefeitura certamente ficará marcada por este ato. Demissões em período de crise econômico-financeira aguda, como agora é uma ação que deverá ficar marcada na história (negativa) da política da capital +++ O jornal “Folha de Londrina” realizou pesquisa de avaliação pública sobre os 200 dias da Câmara Municipal. O resultado foi ultra negativo: somente 4,5% de avaliação positiva +++ Os institutos de pesquisa de Rondônia poderiam realizar pesquisa semelhante sobre os “nobres pares” de Porto Velho. Certamente o resultado não seria muito diferente.
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