Geraldo da Rondônia usa Comissão e o site institucional da Assembleia para chorar as pitangas de sua insignificância política

Geraldo da Rondônia usa Comissão e o site institucional da Assembleia para chorar as pitangas de sua insignificância política

O “pralamentar” cumpriu direitinho com sua atribuição oficiosa: choramingou. E por quê? Porque foi barrado pelos seguranças de Sérgio Moro...

Atualizada às 09h41 do dia 24 de abril de 2019

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Porto Velho, RO – Há duas coisas no mundo que são insípidas, inodoras e incolores: a primeira é a água, essencial à manutenção da vida; a outra, completamente descartável, diz respeito à participação do deputado estadual Geraldo da Rondônia (PSC) na vida política do estado.

O empresário radicado em terras ariquemenses, mas que nasceu em Coronel Fabriciano, Minas Gerais, leva consigo duas características sine qua non próprias dos políticos convencionais: o ego inflado – quase para estourar – e o narcisismo latente.

E nem é mais tão surreal assim conceber que a vaidade consegue atingir limites estratosféricos quando o assunto é o homem e seu terno cheio de alegorias, adornos brilhantes típicos de pretensas autoridades.

A ironia nisso tudo é que a história já comprovou que, quanto mais o pato insiste em ser pavão, mais rápido acaba depenado, afogado na panela de pressão popular.

Geraldo provou na tarde desta terça-feira (23), superando rapidamente as minhas baixas expectativas, que a sua gabolice aguda não tem limites.

Antes de qualquer apontamento, inclusive, é imprescindível mencionar que as críticas são primordiais tanto para o equilíbrio entre Poderes quanto à continuidade plena do Estado Democrático de Direito. O último é falho, sim, mas é o melhor modelo, sem dúvidas, especialmente quando comparamos a quaisquer outros arremedos de arquétipos sociais.

Só que o parlamentar usou a Comissão de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia (CICCT) e o site institucional da ALE/RO a fim de lamuriar as pitangas de sua insignificância política.

E você sabe o porquê da choradeira?

Porque o cara foi barrado pelos seguranças do ministro Sérgio Moro à ocasião em que o ex-juiz federal esteve em Porto Velho. Pode?

"Fui desrespeitado, como parlamentar que representa o Estado de Rondônia. Fui levar meu apoio, minha admiração ao ministro Moro e desejar que ele fizesse um trabalho bem feito, nada além disso, mas fui desrespeitado, infelizmente".

Antes disso, o pralamentar, e acho que aqui cabe o trocadilho infame, acusou o presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) de ser condescendente com a queima de maquinários patrocinada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em parceria com Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

DUVIDA? LEIA AÍ EMBAIXO
Geraldo da Rondônia critica Bolsonaro por permitir Ibama queimar maquinário

Calma aí, bicho.

Imagino que o senhor esteja fora de órbita. Eu não tenho procuração para defender quem quer que seja, inclusive o Sete-peles, diga-se de passagem. Porém, lanço um desafio, deputado: me aponte um único ambientalista capaz de defender as últimas deliberações do Alvorada sobre a extração ilegal de madeira.

O presidente proibiu a destruição do maquinário e afrouxou as regras de fiscalização conjunta do IBAMA com o ICMBio.

Eu até gostaria de saber onde fica a câmara criogênica em que o senhor andou dormindo há pouco mais de uma semana. Sinceramente...

“Bolsonaro prometeu acabar com o Ibama [quando?], prometeu que não mais iria haver queima de máquinas, mas não cumpriu nada disso. Por outro lado, o presidente fica tendo comportamento, ao meu modo de ver, infantil, andando de moto e fazendo coisas pequenas, que não condizem com a função de presidente, num país com tantos problemas".

Chega a ser engraçado, e não tem como deixar de rir, assistir a autoridade de comportamento infantil apontar o dedo indicador para outra com a mesma postura.

Já sobre a chiadeira em relação ao governo Marcos Rocha (PSL), tenho para mim que, como Geraldo sempre foi um deputado orgulhoso por pertences às bases aliadas, incluindo aí do início de 2019 para cá, cabe ao chefe do Executivo decidir se vai dar chupeta para o menino ou açoitá-lo com palmadinhas na retaguarda no intuito de manter distância protocolar. E antes que me acusem de dizer o que não disse, a chupeta, no caso, são as convenções políticas. Nada mais. 

Isso sem contar a acusação de sonegação milionária de impostos, né? Se Geraldo da Rondônia for condenado, em decisão de caráter irrecorrível, é claro, o deputado pode contribuir com o governo pagando os impostos supostamente sonegados; se a Justiça o absolver em todas as instâncias, por outro lado, terá condições de contribuir de outras formas, tenho certeza.

De qualquer maneira, um deputado desses é pralamentar...

Autor / Fonte: Vinicius Canova

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