Editorial – Time de Marcos Rocha está oficialmente escalado; agora é hora de vencer os jogos

Editorial – Time de Marcos Rocha está oficialmente escalado; agora é hora de vencer os jogos

Só uma gestão forte e austera terá condições de enfrentar a tormenta econômica anunciada pelo Tribunal de Contas (TCE/RO) ainda durante a campanha

Porto Velho, RO – O governador Coronel Marcos Rocha (PSL) finalmente completou o time que forma seu secretariado. A lista, agora integral, reúne nomes dos mais variados campos – embora inegavelmente fatia significativa do todo esteja ligada ao campo militar, o que, de fato, encontra guarida no próprio perfil de Rocha e também nos discursos proferidos enquanto candidato.

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A tarefa mais complicada da nova composição dos regentes da Administração Pública estadual, deixada às claras pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE/RO) ainda no ano passado durante a corrida eleitoral, será manter as contas em dia. Uma árdua missão. Portanto, a manutenção de Franco Maegaki Ono, praticamente unanimidade quando o assunto é a parte técnica voltada às finanças do Estado, caiu como uma luva à gestão liberal.

RELEMBRE
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E AINDA
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O senador da República Confúcio Moura (MDB), ex-chefe do Executivo, chegou a escrever um texto em seu blog exaltando os próprios feitos, pintando cenário que, pelo menos de acordo com decisão recente proferida pelo TCE/RO, não traduz nem de perto a realidade econômica do Estado.

O enorme rombo do Instituto de Previdência dos servidores Públicos do Estado de Rondônia (IPERON), ponto nevrálgico do que pode ser chamado de herança maldita emedebista, foi avaliado em mais de R$ 152 milhões e passou direto por Daniel Pereira (PSB) para cair incisivamente no colo de Rocha e sua equipe.

Daí a necessidade de unir a expertise de Ono, adjunto, à prática profissional do auditor fiscal Luís Fernando Pereira da Silva, titular da Secretaria de Estado de Finanças (Sefin/RO).

Para ter sucesso mínimo nos primeiros passos é imprescindível, ainda, que os secretários Suamy Vivecananda Lacerda, de Educação (Seduc/RO), José Hélio Cysneiros Pachá, de Segurança (Sesdec/RO), e Fernando Rodrigues Máximo, de Saúde (Sesau/RO), entrem rapidamente em sintonia com seus respectivos comandados a fim de sanar as questões mais remotas e problemáticas de cada pasta.

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Melhorar os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de cada escola, provavelmente o único termômetro confiável para aferição da evolução educacional, diminuir radicalmente as taxas de criminalidade com rondas ostensivas da Polícia Militar (PM/RO) nas ruas, diuturnamente, e resolver as questões embrionárias das enormes filas em hospitais públicos e unidades de saúde abarrotadas e às vezes sem médicos e/ou remédios, já representariam, por si, um excepcional cartão de visitas.

A relação institucional do governo, responsável por estabilizar a harmonia entre Poderes, ficou a cabo de Pedro Antônio Afonso Pimentel, titular da Casa Civil, também remanescente da administração Confúcio e que ascendeu na gestão Pereira, e da advogada Erika Camargo Gerhard, subchefe.

A dupla terá de, entre outros pontos, acalentar os ânimos tanto dos novos quanto dos antigos parlamentares para que os pronunciamentos de Rocha sigam as suas diretrizes na prática.

Com o toma lá dá cá fora de questão, especialmente no que diz respeito ao velhaco loteamento de cargos no Executivo, resta, no entanto, a troca legítima de necessidades entre Poderes.

E o sucesso ou fracasso na costura desse trabalho de relacionamento institucional remeterá o povo rondoniense ao caminho bifurcado de lamento e das lamúrias insculpidas ao mais do mesmo ou de algo verdadeiramente novo, produtivo e de resultados apresentados.

Com o plantel devidamente convocado, agora é hora de vencer os jogos.

Autor / Fonte: Rondoniadinamica

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