Porto Velho, RO – É até irônico que, em tempos rigorosos de legislatura eleitoral eficiente, os institutos de pesquisa continuem a ganhar dinheiro durante os pleitos brincando de Nostradamus, embora apontem seus resultados com dados que alegam ter embasamento científico.

Claro, tudo isso sem provar nada a ninguém, apenas indicando porcentagens, números de protocolos, amostragens e outros pontos que recheiam oficialmente seus respectivos levantamentos como se os apontamentos não fossem passíveis de fraude.

Tudo bem. Seria só mais uma bizarrice observada durante a chamada festa – para quem? – da democracia, não influenciasse diretamente o resultado colhido nas urnas.

Por isso, inadmissível o erro crasso promovido pelo Ibope em sua última rodada veiculada no dia 30 de setembro deste ano, dois dias antes da votação. Dr. Hildon Chaves, do PSDB, foi jogado em quinto lugar, com 9% das intenções de voto.

Isso equivale a colocação em que terminou Roberto Sobrinho, do PT, que nesta mesma pesquisa apareceu em terceiro. Pois bem, com cem por cento das urnas apuradas na Capital, Chaves não só vai ao segundo turno como foi o primeiríssimo lugar na disputa inicial envolvendo sete candidatos. É mole ou quer mais?

A publicação de um cotejo como esse poderia ser extremamente danosa ao pleiteante tucano – e a todos os outros que são colocados como perdedores de antemão – não fosse essa nova era de insurgência popular, de pessoas que preferem seguir suas convicções a aceitar fazer o papel de boneco de instituto que pensa ser ventríloquo.  

Em 2014, o jornal eletrônico Rondônia Dinâmica abordou o assunto, já antecipando que o Ibope estava com a credibilidade em ‘xeque’ após erros sucessivos.

Leia mais em – Erros do Ibope em Rondônia colocam em xeque credibilidade do instituto de pesquisa

Com mais essa falha gritante e estrondosa, é hora de avaliar se não é o momento de a sociedade fazer o mesmo que fez com alguns de seus representantes e escorraçar o instituto da vida pública, dando-lhe um belo e carimbado chute na b****.

Autor / Fonte: Rondoniadinamica

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