© Foto: Fábio Motta/Estadão Ciro Gomes, ex-ministro e ex-governador do Ceará
Declarações do pré-candidato Ciro Gomes (PDT) sobre o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regiuonal Federal da 4a Região, marcado para o dia 24 de janeiro, irritaram a cúpula petista.
Em vídeo divulgado nesta terça-feira, 12, pelas redes sociais, Ciro disse que, apesar da presunção de inocência a qual Lula tem direito, “não se pode inverter as coisas” e “Justiça boa é Justiça rápida”.
O tesoureiro nacional do PT, Emídio de Souza rebateu a declaração. “Justiça boa não é a rápida nem a lenta . É a justa. A que não queima etapas. A que se guia pela regra não por quem é o réu. Ciro é tão apressado quanto a própria Justiça”, afirmou.
Até esta terça-feira, setores do PT cogitavam a possibilidade de apoio a Ciro caso Lula seja impedido de concorrer na reta final da eleição de 2018. Depois da decisão do TRF-4 e da declaração de Ciro, a hipótese fica ainda mais improvável.
BOULOS
A fixação do prazo para julgamento de Lula também tem impacto em outros setores da esquerda como, por exemplo, o PSOL. O partido aguarda uma resposta de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), ao convite para ser candidato a presidente pela legenda.
Lideranças do PSOL acreditavam que o maior entrave para a decisão de Boulos é a fidelidade do líder sem-teto a Lula. Boulos estaria esperando uma decisão da Justiça antes de aceitar o convite. O partido chegou a estipular prazo até o final de janeiro para Boulos anunciar a decisão. Agora, com o prazo definido para janeiro, o PSOL avalia que aumentaram as chances de o líder sem-teto aceitar o convite.
Autor / Fonte: Estadão
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