Cassol planeja montar um jornal diário para funcionar já durante a campanha

Cassol planeja montar um jornal diário para funcionar já durante a campanha

Rejeição

Nomes cogitados como auxiliares pelo vice-governador Daniel Pereira (PSB) encontram rejeição entre aliados. E não pense o vice que conseguirá alçar voos maiores se contar apenas com seus aliados sindicalistas. É claro que sindicatos ajudam em uma campanha, mas em determinados casos podem atrapalhar, e no final das contas diminuir em vez de somar. Foi exatamente o que aconteceu nesta semana.

Antas

Dentro disso é possível dizer que está enganado quem pensa que assessores antas existem apenas na Prefeitura de Porto Velho. Na vice-governadoria também tem. A precipitação foi nítida na tentativa de mudar a área de segurança. Vale lembrar que a assessoria de Daniel Pereira meteu os pés pelas mãos, prejudicando o chefe. Ofícios exigiam renomeações de praticamente todos os cargos na Sesdec.

Urubus

Gente ligada a sindicatos partiram como urubus em cima de cargos comissionados, usando como ponta de lança um policial militar do gabinete de Daniel Pereira. Deram com os burros n’água, por enquanto. E pior ainda, na confusão vieram à tona nomes de pessoas que gravitam em torno do vice-governador que deixaram algumas pessoas preocupadas, como o de Giácomo Casara e Carlos Terceiro.

Casara

No caso de Giácomo Casara, que Daniel Pereira planeja colocar como chefe da Casa Civil foi levantada suspeita de que o vice-governador estaria se bandeando para o lado do ex-senador Expedito Júnior (PSDB). Como se sabe, Giácomo trabalhou na coordenação da campanha de Expedito. Ocorre que os dois romperam, por conta de compromissos não cumpridos. Casara busca agora outros are$.

Terceiro

Mal vazou o nome de Carlos Terceiro para comandar a comunicação de Daniel Pereira encontrou rejeição em setores do jornalismo. É bom lembrar que Terceiro é um nome bem cotado entre sindicalistas amigos do vice, mas seu estilo de im‘prensa’, algo camaleônico, deixou gente com pé atrás.

Jornais

Deu na Veja que, no Rio de Janeiro, depois do JB, o Jornal do Commercio pode voltar a circular. O empresário Pedro Grossi negocia a compra dos direitos com os herdeiros da massa falida. Enquanto isso, em Rondônia, o senador Ivo Cassol (PP-RO) planeja montar um jornal diário, para funcionar já durante a campanha. É bom lembrar que Ivo já tem uma rede de rádio e que já chegou a ter o controle de um jornal diário (Folha de Rondônia).

Diferente

Rádio e televisão dependem de concessão. O empresário é não dono das ondas utilizadas no sistema de transmissão de rádio, como se sabe, por isso, emissoras não podem ser usadas com força em campanhas eleitorais. Já o dono de jornal também é proprietário do papel e da tinta, por isso tem maior liberdade e para moer adversários, é um instrumento melhor. Daniel Pereira precisa manter o alinhamento com o senador Acir Gurgacz (PDT-RO), se não quiser ser triturado, portanto.

Mala

A conversa é a de que correu a mala preta na Câmara de Vereadores de Porto Velho para que fosse aprovada a doação, pela prefeitura, de um terreno para uma gigantesca rede de supermercado. Os boatos ganharam corpo que a maioria dos que votaram sim estava feliz, sorridente. Somente Cristiane Lopes (PP) e Aleks Palitot (PTB) votaram contra. Marcelo Cruz (PTB) estava ausente.

Cadeia

Se houver uma investigação mais apurada, vereadores podem ir parar na cadeia, de novo. O caso da mala preta do terreno seria café pequeno em comparação ao escândalo que pode estourar em breve, o de aprovação de uma lei autorizando o pagamento de um precatório milionário. Haveria a patinha de assessores do ex-senador Expedito Júnior nisso. Sem o consentimento de Expedito, é claro.

Autor / Fonte: Nilton Salina

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