Cadê os nomes? – Operação da PF em Rondônia comprova desigualdade entre prisões de políticos e ações que envolvem grandes empresários

Cadê os nomes? – Operação da PF em Rondônia comprova desigualdade entre prisões de políticos e ações que envolvem grandes empresários

É DEMOCRÁTICO QUE EMPRESÁRIOS CRIMINOSOS E BANDIDÕES TENHAM PRIVILÉGIOS E OS NOMES DE POLÍTICOS SEJAM CONSPURCADOS?

Depende de quem é: quando um político é preso, não importa sob que acusação, em minutos sua foto aparece na mídia (se estiver algemado, melhor ainda!) e em seguida seu nome se torna como que amaldiçoado. Não importa se mais à frente ele será absolvido das acusações. Isso é apenas um detalhe. Um exemplo claro disso foram ações envolvendo o ex prefeito Roberto Sobrinho, de Porto Velho, apenas para citar um caso. 

Fazer um grande circo, tornando o preso, mesmo que provisório, mesmo que em situação em que sequer iniciou um processo judicial, já como réu condenado perante a opinião pública, parece ser uma prioridade mais importante do que se fazer a verdadeira Justiça. Meses depois ou anos depois, com o nome eternamente conspurcado, a figura pública perde tempo em tentar espaços na mídia, para mostrar os documentos que provariam sua inocência. Para esses, toda a exposição, em qualquer nível de atuação policial. Já quando a polícia civil ou a PM prendem um bandidão, um assaltante, um criminoso reincidente (se for um “dimenor” é pior ainda!), aí a lei de proteção aos direitos deles é evocada.

Quando a Polícia Federal faz uma operação, mesmo grandiosa, como fez nessa quinta em Rondônia e em outros Estados, prendendo empresários de peso, alguns que cometeram os mais pesados crimes, segundo as acusações, aí o tratamento é diferenciado. Nada de nomes. Quando é bandido, quem sabe as iniciais. Ou o primeiro nome. Não mais que isso. Quando é um figurão não ligado à política ou à vida pública, não importa os delitos que tenha cometido ou dos quais é suspeito, zero nomes.

Nem dele, nem de sua empresa.

No caso desta quinta, os desvios podem ter chegado a 300 milhões de reais, além de 2 bilhões de impostos sonegados, num esquema que funcionava a partir de  Guajará Mirim. Nada de nomes entre as dezenas de denunciados ou suspeitos detidos ou envolvidos. Toda essa gente que caiu na Operação da PF, deve dar graças a Deus. Se fossem políticos ou tivessem alguma ligação com políticos, suas imagens já estariam percorrendo o país. Isso é o Brasil de leis iguais para todos?

Conta outra.

Está na hora de se repensar essas coisas em nosso país. O mesmo direito tem que ser para todos, não apenas para alguns. Ou todos os suspeitos podem ser expostos à execração pública, como alguns o são atualmente ou que nenhum o seja. Temos que batalhar por um país de igualdades e não de diferenças. Já as temos demais, inclusive com a divisão do nosso país em castas, onde o funcionalismo, por exemplo, tem inúmeras vantagens que o trabalhador comum jamais terá.

Ou no caso de aposentadorias, onde alguns poucos privilegiados ganham, sozinhos, o que centenas de operários envelhecidos  recebem, das suas parcas aposentadorias. Igualdade: essa é a palavra que resume a verdadeira democracia. Não está na hora de mudar isso também, na forma como estão agindo na divulgação dos seus atos e de quem é preso,  nossas respeitadas polícias, o Ministério Público e o próprio Judiciário?

O MEDO COMO FORMA DE PRESSÃO

Truculência. Um ataque não armado, mas mesmo assim assustador ao Palácio do Governo. Irresponsabilidade. Os agentes penitenciários se acham no direito de fazer o que fizeram nesta quinta, invadindo a sede do Governo, se algemando, avisando que só sairão quando suas reivindicações forem atendidas? Ora, em que terra estamos? Reféns de uma categoria que quer impor na marra suas exigências? São servidores contratados pelo Estado para dar proteção à sociedade, controlando os presídios. Mas quem vai controlá-los? Tomaram uma decisão que pode ser um tiro no próprio pé. Se não forem atendidos, que outros atos insanos vão praticar? Se forem atendidos, o Governo vai dar um sinal de fraqueza, abrindo a possibilidade que todas as demais categorias usem dos mesmos artifícios para conseguir o que forem reivindicar. Sem deixar uma saída negociada, o que mais farão os agentes? É certo que eles têm todo o direito de fazer suas reivindicações, assim como o Governo tem o direito de atendê-las ou não. Mas, como não há acordo, não seria correto que a Justiça decidisse? A verdade é que esse assunto dos agentes, recheado de ações exageradas e factoides, só coloca a categoria sob os olhares críticos e amedrontados da sociedade. Que outros passos darão? Haverá violência? Estamos ainda sob a República Sindicalista? É o tipo da história em que não há vencedores. Todos estão perdendo. Inclusive a sociedade.

REDANO E NOSSAS RIQUEZAS MINERAIS

Já escolhido presidente da Assembleia para o período 2020/2022, ou seja, na metade final da atual legislatura (num acordo feito com todos os deputados, liderados por Laerte Gomes, que comandará o parlamento nos primeiros dois anos) Alex Redano é um nome que se destaca cada vez mais na política estadual. Reeleito, o representante  de Ariquemes  já tem uma sólida liderança na sua região e, junto com sua esposa, Carla, hoje presidente da Câmara de Vereadores de sua cidade, tem planos concretos e objetivos para o futuro. Redano é o entrevistado do DIRETO AO PONTO deste sábado, que vai ao ar a partir das 10h30 da Record News Rondônia e, já a noite, na íntegra, estará disponível no site Gente de Opinião e outros sites de notícias do Estado. Na conversa com Sérgio Pires, o parlamentar conta um pouco da sua história, fala sobre o desafio de comandar a ALE em anos decisivos para as próximas eleições estaduais; sobre a possibilidade de disputar a Prefeitura de Ariquemes. Mais que isso, ele detalha uma das suas prioridades como deputado: lutar pela liberação dos garimpos, de forma que Rondônia possa usufruir de todas as suas riquezas. Acompanhe a entrevista e saiba mais sobre um político que, em poucos anos, se tornou uma das lideranças na região do Vale do Jamari e agora se torna um nome estadual.

R$ 195 MILHÕES PARA OS COFRES DO PAÍS

Parece que não aconteceu nada. O destaque do noticiário se concentra na tragédia de Suzano (o que é compreensível), mas em abobrinhas e notícias secundárias, geralmente contra o governo que recém começou, numa parte importante da mídia que está desesperada, para que Jair Bolsonaro não tenha sucesso em sua administração. Só que os fatos começam a acontecer e vão, em breve, mudar radicalmente muita coisa podre que havia nesse país, principalmente criadas durante os trágicos governos dos petistas e seus aliados, até porque, é sempre bom lembrar, que o PT não (des)governou sozinho, mas sim cercado de apaniguados e cúmplices dos crimes praticados contra o Brasil. Nesta semana, para desespero dos que torcem para que tudo o de pior continue sendo mantido exatamente como era, um canetaço Presidencial fez uma limpa em parte da sujeira. Mais de 21 mil cargos, funções comissionadas e gratificações foram cortadas do governo federal. Milhares e apaniguados se foram, mas os cofres públicos foram engrossados com nada menos do que 195 milhões que seriam pagos a essa gente toda que, com absoluta certeza, não fará falta alguma para o país. Pelo contrário. Muitos desses milhões que jorravam do dinheiro público para esses bolsos agora esvaziados, não significam que haverá demissões de todo esse pessoal, mas apenas cortes, alguns absurdos, do excesso de gastos do governo com os apaniguados. E é bom saber: vem muito mais por aí.

MATADOR DE AGENTE DA PF É PRESO, ENFIM!

O assassino era um dos dez mais procurados do país. Traficante de drogas, atraiu um grupo de policiais federais para uma emboscada em Pimenteiras do Oeste, em meados de 1999, ou seja, duas décadas atrás e ali matou brutalmente o policial Roberto Simões de Mentzinger, cujo corpo foi jogado num rio e encontrado dois dias depois do cruel assassinato. Dois outros agentes ficaram feridos no confronto. O chefão Gilmar José Baseggio, conhecido como "Tchoco" , foi preso meses depois e condenado pela Justiça a 37 anos de cadeia. Não ficou nem um ano preso. Fugiu na maior moleza. Agora, duas décadas depois, foi pego de novo. Nesta quarta, enquanto andava tranquilamente pelas ruas de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, a polícia conseguiu colocar as mãos no assassino e traficante, trazendo-o de novo ao Brasil, para cumprir sua pena. O que se espera é que o bandido não seja mandado para essas cadeias que são tipo hotel de alta rotatividade, como algumas que existem em Rondônia e seja conduzido a uma prisão de segurança máxima. A família e os amigos do policial morto, só tem um consolo, além da prisão do matador: Riberto Simões foi considerado, postumamente, como herói da PF, uma honraria dada à memória dos agentes mortos em serviço. Afora isso, só saudades e a injustiça que se seguiu, durante praticamente 20 anos, com o bandido andando livre e solto.

E OS 13 MIL MORTOS EM NOVE ANOS?

Desde 2010, um total de 13 mil assassinatos registrados no Rio de Janeiro não foram esclarecidos Ou seja, há nove anos, todas essas famílias que tiveram seus entes queridos mortos brutalmente, aguardam respostas das autoridades. Entre os crimes ocorridos na violenta cidade – apenas em 2018 -  que perde cada vez mais espaço, por causa da corrupção dos seus governantes e da violência indomável com que convive, um policial foi assassinado a cada três dias. A grande maioria das mortes jamais teve autor descoberto e denunciado à Justiça. O único caso que teve atenção de toda a mídia, da polícia carioca, da Policia Federal e de vários outros organismos da segurança única, foi a morte da vereadora Mariele Franco e de seu motorista, covardemente fuzilados. O que se espera agora é a mesma dedicação, o mesmo esforço, a mesma mobilização da mídia e das autoridades, para o esclarecimento dos milhares de crimes que continuem impunes, como se nunca tivessem acontecido. Certamente essa é uma meta de toda a estrutura de segurança pública do Estado e das autoridades federais, que obviamente darão o mesmo tratamento dado à exaustivo e bem sucedida investigação que levaram aos assassinos da vereadora.

PONTE SIM, 319 NÃO!

O tempo passa, o tempo voa e... as obras de recuperação da BR 319 continuam numa ruim. O presidente Jair Bolsonaro havia prometido que daria atenção especial ao assunto. Disse em sua visita como candidato, em Porto Velho; disse o mesmo em Manaus e repetiu várias vezes a promessa, inclusive depois de eleito. O problema é que, de uma hora para outra, o assunto sumiu da pauta presidencial. Pouco se fala ainda sobre o assunto, que, contudo, não sai nem da pauta e nem da cabeça de todas as lideranças empresariais e do setor produtivo do Estado. Com mais de 2 milhões e 100 mil habitantes, Manaus pode se tornar um novo e promissor mercado para nossos produtos, com preços acessíveis, caso a rodovia volte a se tornar trafegável, com asfalto em todos os seus cerca de 900 quilômetros. Há forças poderosas que não querem que a 319 volte a ser asfaltada e o esquecimento do assunto, por parte  do governo  federal, é ainda mais preocupante. Em termos de obras importantes na região, contudo, há uma boa notícia. Está dentro do cronograma e deve estar pronta no final de agosto, a ponte sobre o Rio Madeira, em Abunã. É o último obstáculo que nos afasta de uma ligação por terra com o Acre e até o Pacífico. A ponte sai. Mas a BR 319, só Deus sabe...

PERGUNTINHA

Você preferiria que o Governo Federal mantivesse os 21 mil cargos comissionados e de gratificações que cortou ou acha melhor que 195 milhões de reais sejam economizados nos cofres públicos?

Autor / Fonte: Sérgio Pires

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