Os prefeitos que assumiram em janeiro último completaram cinco meses de governo esta semana. A maioria sabia das dificuldades em razão da crise econômico-financeira mundial, que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse ser “uma marolinha”, mas que chegou perto de um tsunami.
Em Rondônia o prefeito Hildon Chaves (PSDB), assumiu ciente que estava enfrentando um enorme desafio, mais ainda porque nunca tinha participado diretamente na política e da administração pública. Além de receber um município em condições precárias nas áreas de saúde, segurança pública, saneamento básico, educação, coleta de lixo, dentre outros.
Um dos desafios de Hildon e equipe era o transporte coletivo urbano. E continua sendo.
Os veículos da frota, a maioria inadequada e sucateada com assentos soltos e sem estofamento; inexistência de ar-condicionado, quando lavados circulam molhados favorecendo o acúmulo de poeira. Os problemas continuam com paradas sem cobertura, sem bancos; motoristas irresponsáveis que param no meio da rua prejudicando o acesso e desembarque de pessoas com problemas de locomoção, excesso de velocidade, além da demora entre um ônibus e outro. Um caos.
Tem mais. O serviço está sendo prestado sem legalidade, porque não foi feita licitação e o contrato emergencial, firmado ainda pelo ex-prefeito, Mauro Nazif (PSB) terminou e não se sabe como o Consórcio SIM, de apenas uma empresa, está atuando no transporte coletivo da capital. Se prorrogado, não se sabe como. Pelo menos publicamente.
Agora o Conselho Municipal de Transporte Coletivo (Comtrans) aprovou o aumento da tarifa de R$ 3 para R$ 3,80. Gostaríamos de saber quais os argumentos para a elevação do preço da passagem? Será que foi considerada a precariedade dos ônibus coletivos e a necessidade de melhores condições para o usuário?
A concessão do aumento ou não agora está nas mãos do secretário municipal de trânsito, Marden Negrão, que chegou apresentando um currículo quilométrico, mas com poucas ações práticas em favor do conturbado trânsito de Porto Velho, violento, mal sinalizado, precariamente fiscalizado e orientado, mas campeão em aplicação de multas.
É inadmissível que uma cidade do porte de Porto Velho com cerca de 500 mil habitantes, a maioria dependente do transporte coletivo público, seja servida de ônibus sem as mínimas condições de conforto e segurança e fique a mercê de um serviço precário e ainda pagar caro por isso.
Um exemplo (negativo) dos muitos que ocorrem no transporte coletivo de Porto Velho. A temperatura média é 30 graus e não temos ônibus com ar-condicionado, apesar de haver um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público (MP) do Estado, desde o primeiro mandato do ex-prefeito Roberto Sobrinho (PT), para climatização de toda a frota.
Fica a pergunta: e os inquilinos do Parlamento Mirim, os “ilustres” vereadores, por que não fiscalizam? É uma das obrigações dos vereadores.
É um assunto para ser abordado em outra oportunidade.
Autor / Fonte: Waldir Costa/ Rondoniadinamica
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