O dia 11 de outubro na História de Rondônia

 Em 1909 – Candido Rondon descobre um novo rio e dá-lhe o nome de Rio Pimenta Bueno (Roque Lorenzon – Pimenta Bueno, um pouco de sua História)

De 11 a 13, em 1940 – O presidente Getúlio Vargas vem a Porto Velho com ministros e assessores (Esron Menezes, em coluna assinada no Jornal Alto Madeira)

Em 1977 – O presidente Ernesto Geisel promulga a Lei 6.448 criando os municípios de Ariquemes, Ji-Paraná, Vilhena, Pimenta Bueno e Cacoal, todos no eixo da BR-364 e desmembrados do município de Porto Velho (Vitor Hugo, Cinquenta anos do Território Federal do Guaporé)

ARTIGO

DESAFIO AOS HISTORIADORES: O QUE LEVOU GETÚLIO A AMPLIAR DE 3 HORAS PARA (QUASE) 3 DIAS A VISITA A PORTO VELHO?

Lúcio Albuquerque, repórter

foto getyúlio

 Segundo o historiador Esron Menezes, falecido em 2009, Getúlio foi receber o governador do Acre (de frente, paletó branco) no campo de pouso de Porto Velho

Porto Velho é um desses desafios a que os historiadores e estudiosos da história da região não conseguem chegar a um denominador comum, dois deles são a data real de instalação da vila que originou a cidade e, ainda, de onde provém efetivamente o nome do município capital do Estado. Sobre o assunto o historiador Francisco Matias já disse algumas vezes que a nossa é uma cidade que nem tem certidão de batismo nem sabe a data de seu nascimento. Pior: quando se busca discutir o assunto praticamente nem se começa uma discussão.

Há outro grande desafio em nossa História, e neste período de 11 a 13 de outubro faz 77 anos que ele começou. A questão é simples: o que levou o presidente Getúlio Vargas ficar quase três dias em Porto Velho em 1940, porque a visita prevista era de apenas três horas.

Já perguntei a vários pesquisadores e historiadores, um deles que disse ter estado presente naqueles dias, e não tive uma resposta que me satisfizesse: o que fez Vargas ficar aqui tanto tempo?

Há uma resposta que ouvi de vários que estavam na ocasião, mas ela pode ser ofensiva a muita gente, então é melhor descartar. Outra justificativa é que Vargas seria “grande amigo” do então diretor da EFMM Aluísio Ferreira, mas isso até “aluisistas de carteirinha” preferiram achar graça.

Esron Menezes, que várias vezes disse ter estado presente quando da visita, repetia que uma das respostas pode ter sido porque Getúlio queria ouvir o governador do Acre Epaminondas de Oliveira Martins sobre a proposta de comerciantes da Região do Guaporé que queriam o Território criado, mas só a partir de Santo Antonio e tendo como capital Guajará-Mirim.

Segundo Esron – há uma foto com Getúlio e ministros recebendo Epaminondas, a decisão do presidente de criar um Território na região já estava tomada, mas ele decidiu que Porto Velho faria parte e seria a capital a partir de uma reunião com o governador acriano.

- Foi o governador do Acre disse ao presidente que já merecia a criação do Território e que Porto Velho devia ser a capital, repetiu Esron em várias ocasiões em conversas comigo.

77 anos depois, a visita de Getúlio Vargas, que de três horas foi transformada em quase três dias, continua sem ter uma explicação efetiva sobre o que levou o presidente a ficar tanto tempo numa cidade sem grandes atrações, mas talvez o que levou Vargas a ficar pode ter sido outro fator. Com a palavra os historiadores.

Autor / Fonte: Lúcio Albuquerque

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