ESTRUTURA CRIMINOSA Líderes da oposição na Venezuela afirmam apoio a presença militar dos EUA no Caribe Publicada em 22/09/2025 às 15:26 Os líderes da oposição venezuelana Edmundo González Urrutia e María Corina Machado anunciaram, nesta segunda-feira (22), que apoiam a presença militar dos Estados Unidos no Caribe. González, que disputou as últimas eleições presidenciais com Nicolás Maduro e afirma tê-lo vencido nas urnas, divulgou um vídeo nas redes sociais em que afirma que a ação americana é "necessária" para restabelecer a soberania do país. "O cerco antinarcóticos do mar do Caribe liderado pelos Estados Unidos (...) constitui uma medida necessária para o desmantelamento da estrutura criminosa que ainda se ergue como único obstáculo para o restabelecimento da soberania popular na Venezuela", declarou. Maduro tentou negociar através de carta Assista também no Reproduzir vídeo Reproduzir 00:00/00:47 Silenciar som Minimizar vídeoTela cheia Venezuela x EUA: Maduro anuncia treinamento militar de civis com armas O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, mandou uma carta para o governo Trump para abrir um canal de conversação direta com os Estados Unidos. A carta foi enviada dias após o primeiro ataque dos EUA a um barco do país sul-americano que, segundo Trump, transportava traficantes de drogas. Na carta, vista pela agência Reuters, Maduro rejeitou as alegações dos EUA de que a Venezuela desempenhava um grande papel no tráfico de drogas, observando que apenas 5% das drogas produzidas na Colômbia são enviadas através da Venezuela Segundo Maduro, diz a Reuters, 70% das drogas foram neutralizadas e destruídas pelas autoridades venezuelanas. "Presidente, espero que juntos possamos derrotar as falsidades que têm manchado nosso relacionamento, que deve ser histórico e pacífico", escreveu Maduro na carta. "Essas e outras questões estarão sempre abertas para uma conversa direta e franca com seu enviado especial (Richard Grenell) para superar o ruído da mídia e as notícias falsas." Ele observou que Grenell ajudou a resolver rapidamente as alegações anteriores de que a Venezuela estava se recusando a aceitar migrantes de volta, acrescentando: "Até o momento, esse canal tem funcionado perfeitamente." Os voos de deportação duas vezes por semana que transportam migrantes ilegais de volta para a Venezuela continuaram ininterruptos apesar dos ataques dos EUA, disseram à Reuters fontes familiarizadas com o assunto. A carta de Maduro foi datada de 6 de setembro, quatro dias após um ataque dos EUA a um navio que o governo Trump alegou, sem provas, estar transportando traficantes de drogas. O ataque matou 11 pessoas que, segundo Trump, eram membros da gangue Tren de Aragua e estavam envolvidas com o tráfico. A Casa Branca não fez comentários imediatos à agência Reuters. No sábado (20), Trump redobrou sua campanha de pressão, alertando em uma postagem em sua plataforma Truth Social que a Venezuela deve aceitar o retorno de todos os prisioneiros que, segundo ele, a Venezuela forçou a ir para os EUA, ou então pagar um preço "incalculável". Na sexta-feira, Trump anunciou pelo menos o terceiro ataque contra supostas embarcações de drogas da Venezuela, em meio a um grande reforço militar dos EUA no sul do Caribe, que inclui sete navios de guerra, um submarino nuclear e caças F-35. O ataque matou "três homens narcoterroristas a bordo da embarcação", disse Trump, sem fornecer provas. O governo venezuelano, que diz ter enviado dezenas de milhares de soldados para combater o tráfico de drogas e defender o país, disse que nenhuma das pessoas mortas no primeiro ataque pertencia a Tren de Aragua. Também nega as acusações de ligações entre autoridades venezuelanas de alto escalão e gangues de drogas. Maduro alegou repetidamente que os EUA esperam tirá-lo do poder. Trump negou nesta semana que esteja interessado em uma mudança de regime, mas Washington dobrou no mês passado a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões, acusando-o de ligações com o tráfico de drogas e grupos criminosos. Maduro reiterou sua negação em sua carta a Trump. "Este é o exemplo mais flagrante de desinformação contra nossa nação, com a intenção de justificar uma escalada para o conflito armado que infligiria danos catastróficos em todo o continente", escreveu ele em sua carta a Trump. O governo Trump parece dividido sobre a Venezuela, com o secretário de Estado, Marco Rubio, e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, liderando a campanha de pressão contra Maduro, enquanto Grenell, que atuou como diretor interino de inteligência nacional durante o primeiro mandato de Trump, e outros impulsionam a diplomacia. Em sua carta, Maduro disse que se comunicou e continuará a se comunicar com Grenell, que ajudou a organizar os voos de deportação, alguns diretamente para Caracas e outros via Honduras. O funcionário do governo disse que mais de 8.000 venezuelanos foram removidos dos EUA com os voos até o momento. A Reuters não conseguiu verificar os números. Fonte: G1 Leia Também Líderes da oposição na Venezuela afirmam apoio a presença militar dos EUA no Caribe Ato no RJ com Caetano, Chico e Gil repudia anistia e PEC da Blindagem Motta defende PEC da Blindagem e diz que debate foi distorcido Alexandre de Moraes diz que sanções dos EUA contra sua esposa são ilegais TCE e MPC de Rondônia participam de debate nacional sobre políticas de saneamento básico Twitter Facebook instagram pinterest