ONU alerta para o agravamento da fome e da desnutrição infantil em meio à guerra

Imagens recentes divulgadas nas redes sociais voltaram a expor a grave crise humanitária que atinge a Faixa de Gaza. No vídeo, compartilhado com a legenda irônica "Bom dia de Gaza", crianças aparecem amontoadas atrás de grades e arames, segurando panelas e baldes na esperança de conseguir algum alimento para levar para casa. A cena evidencia a escassez extrema de comida e o desespero da população local.

A maioria dos que aparecem na fila são menores de idade. Embora não apresentem ferimentos visíveis, os rostos cobertos de poeira e as mãos escurecidas pelo chão revelam as condições precárias em que vivem. A presença esporádica de adultos mostra que, em muitos casos, é às crianças que recai a missão de buscar sustento em meio ao caos.

A situação alimentar em Gaza continua alarmante. De acordo com um relatório publicado há três dias pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), o acesso a itens básicos continua extremamente difícil e arriscado. A desnutrição severa cresce, principalmente entre crianças. Segundo o Programa Mundial de Alimentos, uma em cada três pessoas na região passa dias sem comer. No último dia 8 de julho, um bebê de apenas sete meses morreu por subnutrição.

A crise humanitária também se estende à área da higiene. O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários informou que, desde o dia 4 de julho, cerca de 80% das instalações de saneamento e banho estão localizadas em áreas ocupadas por forças israelenses ou em zonas sob ordens de evacuação.

A guerra em curso foi deflagrada após os ataques do Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro de 2023. Desde então, a ofensiva israelense provocou mais de 58 mil mortes, a destruição generalizada de infraestrutura na Faixa de Gaza e a expulsão forçada de centenas de milhares de civis.

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