ENFORCAMENTO Japão executa homem que matou e desmembrou nove pessoas em 2017 Publicada em 27/06/2025 às 10:51 Popularmente conhecido como o “assassino do Twitter”, Takahiro Shiraishi matou e esquartejou nove pessoas no apartamento onde morava, em Zama — a cerca de 50 quilômetros de Tóquio —, para onde atraía as vítimas após identificá-las nas redes sociais, onde expressavam pensamentos suicidas, segundo informou a NHK, citando fontes do governo. O homem, de 34 anos, guardou em casa os corpos das vítimas — oito mulheres e um homem — com idades entre 15 e 26 anos. Os assassinatos aconteceram entre agosto e outubro de 2017. Esta foi a primeira aplicação da pena de morte no Japão desde julho de 2022 e a primeira sob o governo do primeiro-ministro Shigeru Ishiba, segundo a NHK. Durante o julgamento, os advogados de Shiraishi pediram prisão perpétua, alegando que as vítimas haviam manifestado desejo de morrer pelas redes sociais, o que implicaria um certo consentimento. O tribunal rejeitou esse argumento, considerando que o caso “provocou grande apreensão na sociedade, dado o amplo uso das redes sociais”, e condenou o réu à pena de morte por enforcamento — o único método ainda utilizado no Japão para execuções. Takahiro Shiraishi não recorreu da decisão. A polícia prendeu Shiraishi enquanto investigava o desaparecimento de uma jovem de 23 anos. O irmão da vítima conseguiu acessar a conta dela no Twitter e descobriu conversas com um perfil suspeito. Antes dos crimes, Shiraishi trabalhou por alguns anos recrutando jovens mulheres para clubes de entretenimento adulto em Kabukicho, o bairro da luz vermelha de Tóquio. O caso chocou o Japão, país conhecido por ter uma das menores taxas de criminalidade do mundo, e reacendeu debates sobre o controle das redes sociais, prevenção ao suicídio e o sistema de saúde mental. O Japão tem a maior taxa de suicídio entre os países industrializados do G7. O Japão, junto com os Estados Unidos, é o único país desenvolvido que ainda aplica a pena de morte — geralmente reservada para condenações por múltiplos homicídios. As autoridades japonesas justificam a manutenção da pena capital com o apoio popular, apesar das críticas de organizações internacionais de direitos humanos. Procurado pela agência France-Presse, o Ministério da Justiça do Japão não confirmou oficialmente a execução, mas informou que realizará uma coletiva de imprensa nas próximas horas para tratar do assunto. Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO Leia Também Japão executa homem que matou e desmembrou nove pessoas em 2017 Rainha dos Países Baixos imita Trump em encontro Irã retirou urânio de instalações nucleares antes de ataque dos EUA Embaixador do Irã diz que Brics podem melhorar ordem mundial Prefeitura abre inscrições para o cursinho gratuito Superação Pré-Enem, na capital Twitter Facebook instagram pinterest