COLUNA FALANDO SÉRIO Queda do 1º secretário de Léo; Breno denuncia sumiço de relatório da CPI dos Combustíveis; uma nova CAERD em Rondônia? Publicada em 08/04/2025 às 08:45 BNDES: Por que tira dos pobres e dá aos ricos? CARO LEITOR, não existe almoço grátis, só quando você é convidado por alguém que se dispõe a pagar o almoço. Os congressistas brasileiros aprovaram em 2020 o Novo Marco Legal do Saneamento (Lei nº 14.026). No ano de 2023, o Congresso Nacional estabeleceu metas até 2033, nas quais todos os municípios brasileiros devem atender a 99% da população com serviços de água potável e ao menos 90% dos habitantes com coleta e tratamento de esgoto. Quem vai financiar essas obras? O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é uma empresa pública federal com um único acionista, o Governo Federal, ou seja, eu, você e os outros milhares de brasileiros. O BNDES foi criado pelo ditador Getúlio Vargas no ano de 1952 para financiar projetos de desenvolvimento e o empresariado brasileiro, porém, o banco não consegue cumprir o seu papel de atualização da nossa planta industrial. Robin BNDES: Por que tira dos pobres e dá aos ricos? De onde ele se financia? De onde vem o dinheiro que o banco pega para emprestar para empresários? Quem são esses empresários? O banco é um Robin Hood às avessas, ele tira o dinheiro do trabalhador brasileiro para emprestar aos grandes empresários, na sua grande maioria, por linhas de crédito específicas. Trabalhador O BNDES pega o dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e recursos do Tesouro Nacional – dinheiro nosso também, que remunera com uma taxa baixa da inflação e passa para os empresários. Lembre-se de que, quando o Tesouro Nacional emite uma dívida para captar dinheiro, quem paga por ela depois somos nós, por meio dos impostos e cortes no orçamento em educação, saúde, segurança e obras de infraestrutura. Nova Por que o BNDES só empresta para os grandes empresários brasileiros? Porque os agentes financeiros do banco justificam que as pequenas e médias empresas oferecem mais riscos. Então, o impacto de igualdade de renda é brutal porque você tira de um mais pobre e empresta para um mais rico, sem vocacionar a formação de uma nova elite industrial para o país. Crédito O BNDES ficou tão grande, mais da metade do crédito estocado no Brasil, acontece via crédito público ou direcionado, ou seja, transfere esse crédito para as empresas que o banco quer emprestar. A exemplo dos grandes financiamentos para empresas como a JBS, Suzano Papel e Celulose, Embraer, Vale S/A, Norte Energia, Jirau Energia, e outras. Despercebido A audiência pública promovida pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico – SEDEC, na sexta-feira passada (4) no Teatro Estadual Guaporé, para tratar da concessão do abastecimento de água e esgotamento sanitário em Rondônia, parece que passou despercebida pela grande maioria da imprensa, prefeitos, deputados estaduais, vereadores e, a população rondoniense em si. Microrregião I Primeiramente, a Lei nº 13.089/2015, que instituiu o Estatuto da Metrópole, diz que microrregião é uma unidade regional formada por municípios limítrofes, que pode ser instituída pelos Estados por meio de lei complementar. Como é instituída uma microrregião? Os Estados podem instituir microrregiões por meio de lei complementar. Microrregião II As microrregiões são formadas por agrupamentos de municípios limítrofes. Daí a microrregião integra a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum em relação à água e ao esgotamento sanitário. Por exemplo, Nova Mamoré e Guajará-Mirim, por estarem tão próximos, podem formar uma microrregião. Microrregião III O Poder Executivo enviou a Mensagem 136 com o Projeto de Lei Complementar 35/2023 para a Assembleia Legislativa, instituindo a Microrregião de Águas e Esgotos no Estado de Rondônia e sua respectiva estrutura de governança, ou seja, transformou o estado todo numa única microrregião. O PL foi à votação no Plenário da Assembleia Legislativa sem passar nas comissões temáticas para ser discutido, ou seja, o parecer foi dado em Plenário na Casa de Leis. Parecer Quem deu o parecer favorável ao Projeto de Lei Complementar 35/2023 foi o deputado estadual Laerte Gomes (PSD) na sessão presidida pelo deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB). O único deputado estadual que votou contra foi Cássio Góis (PSD), o deputado estadual Ismael Crispim estava ausente e os deputados Delegado Rodrigo Camargo (Republicanos), Delegado Lucas Torres (PP) e Luizinho Goebel (Podemos) registraram abstenção. Desconhecimento Na audiência pública da SEDEC- MRAERO, ficou nítido que os técnicos não observaram o que está contido na Lei nº 13.089/2015 e total desconhecimento em Geografia quando colocam todo o estado de Rondônia como sendo uma única Microrregião. Será que houve interesses para recriar uma nova CAERD sem problemas financeiros e trabalhistas? Consequências O desconhecimento é total da amplitude da Lei Complementar Estadual Nº 1.200, de 13 de outubro de 2023, em especial de suas consequências para a população rondoniense, bem como para os municípios que implantaram e gerenciam a rede de água e esgotamento sanitário em escala local, a exemplo de Cacoal, Vilhena e Ariquemes. Motivos Outra pergunta que faço: Por que a Lei Complementar Estadual Nº 1.200, de 13 de outubro de 2023, foi pouco divulgada e debatida? Qual é o motivo de tão pouca publicidade nesse debate, principalmente, em relação às audiências públicas que foram realizadas nos municípios? Já no âmbito da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Ismael Crispim (MDB) tem alertado seus pares sobre a importância da tramitação normal dos projetos de leis nas comissões temáticas. Acordaram Falando em audiência pública, parece que os deputados estaduais que foram pegos de surpresa na sexta-feira (4) e os vereadores da capital, bem como de Cacoal, Vilhena, Ariquemes, Ji-Paraná, Cerejeiras, São Miguel do Guaporé, Rolim de Moura, Alta Floresta D’Oeste e Machadinho D’Oeste, acordaram em relação ao tamanho do projeto e os impactos que vai causar aos municípios, em especial, à população rondoniense. Cartelização I O deputado estadual Alan Queiroz (Podemos) convocou audiência pública para debater a possível cartelização dos preços dos combustíveis em Porto Velho. A audiência que aconteceu na tarde de ontem no Plenário da Alero contou com a presença do Ministério Público de Rondônia, PROCON, IPEM, SEFIN, SINDPETRO e o Sindicato dos Motoristas de Aplicativo. Cartelização II Estiveram presentes na audiência pública para debater a possível cartelização dos preços dos combustíveis em Porto Velho os vereadores Breno Mendes (Avante), Adalto do Bandeirantes (Republicanos), Devanildo Santana (PRD) e Marcos Combate (Agir). Breno Mendes fez revelações bombásticas, a exemplo do sumiço do relatório final da CPI dos Combustíveis no âmbito da Câmara Municipal de Porto Velho (CMPV). Revelação O ponto alto da audiência pública foi a revelação do vereador Adalto do Bandeirantes (Republicanos) como representante do SINDPETRO, que revelou que a grande maioria dos postos de gasolina adulteram as bombas de combustíveis para entregar apenas 900 ml de combustível. Difícil Outro ponto alto foi a fala da promotora de defesa do consumidor, Daniela Nicolai, que disse que é muito difícil provar a cartelização dos preços dos combustíveis devido à ineficiência da fiscalização e dos meios para promover a investigação. Além disso, ela revelou que pediu o relatório final da CPI dos Combustíveis na Câmara Municipal de Porto Velho (CMPV) e não obteve resposta. Feito A Prefeitura de Porto Velho conseguiu um feito inédito e, possivelmente, a capital deverá se tornar um canteiro de obras porque cadastrou 21 projetos em todas as obras do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC. Neste caso, ficou em terceiro lugar no ranking nacional, perdendo apenas para Uberlândia (MG) – 34 e Fortaleza (CE) – 22). Caiu Falando em Prefeitura de Porto Velho, como a coluna anunciou, caiu o primeiro secretário do prefeito Léo Moraes (Podemos). A Semagric deve contar com um novo gestor a partir desta terça-feira (8). Quem está na corda bamba é o adjunto da SEMED, esse só arruma confusão, alimenta fofoca e apresenta pouca capacidade de entrega. Tezzari O vereador Thiago Tezzari (PSDB), que presidiu o SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Cacoal, participou da Audiência Pública sobre Saneamento Básico promovida pela SEDEC e MRAERO, alertou aos presentes que o serviço de água e esgotamento sanitário sob o domínio dos municípios rondoninenses são os melhores prestadores de serviços à população local, daí perguntou: como privatizar quem faz seu dever de casa? Isolamento O desvio que o DER fez na linha 8 para impedir o isolamento de Nova Mamoré e Guajará-Mirim devido a àheia do Rio Madeira que atingiu a BR. 425, também está começando a alagar e impedindo a passagem dos veículos leves. A saída para os motoristas é seguir por rotas alternativas. Sério Falando sério, o BNDES pega o dinheiro dos trabalhadores brasileiros e empresta a juros baixos para os grandes empresários. Por sua vez, os setores que o governo acha mais importante financiar, que não necessariamente são mais produtivos, criam linhas de créditos específicas. Atualmente, os empresários da água e esgoto serão contemplados com recursos do banco social, deixando os ricos mais ricos ou forjando uma nova elite empresarial. Fonte: Herbert Lins Leia Também Maurício ignora CT&I; Confúcio impõe ritmo em Brasília; e Raupp, o pioneiro esquecido Pedro Geovar celebra 100 dias de mandato com prestação de contas e contato direto com a população Deputado Luís do Hospital celebra início das obras do Centro de Hemodiálise de Jaru Nos dois anos de funcionamento do Centro de Reabilitação, Silvia Cristina diz que Rondônia se tornou referência Só Confúcio contra a anistia; privatizações: saúde pode dar um salto; e PL deve lançar Marcos Rogério Twitter Facebook instagram pinterest