Publicada em 23/03/2024 às 10h09
O assunto é tema desde antes as eleições gerais de 2022, que elegeram presidente da República, governadores e seus vices, um dos três senadores de cada Estado e do Distrito Federal, deputados federais e deputados estaduais, que é a polarização política no País. Desde o início da campanha em 2022, que Lula da Silva (PT), eleito presidente e Jair Bolsonaro (PL) dividiam e continuam dividindo o eleitorado brasileiro.
Estamos terminando no primeiro trimestre de 2024, e as eleições de 2022, ainda, não terminaram. Os primeiros 15 meses do governo Lula priorizou o confronto com os bolsonaristas, e o assunto predominante na mídia nacional continua sendo a polarização.
A maioria da “Grande Imprensa” continua destacando denúncias de sumiço de móveis e joias do Palácio Alvorada, falsificação de carteira de vacinação, etc.
Já nas redes sociais e em parte da mídia nacional, os assuntos predominantes são as viagens de Lula e sua esposa Janja, que estaria deslumbrada com o cargo de primeira dama, inclusive com direito a espaço reservado no Palácio Alvorada, como se tivesse sido eleita para o cargo, economia questionável, dentre outros assuntos não menos relevantes.
A campanha continua.
Não há dúvida, que na política até a Lei da Física é desafiada, porque a menor distância entre dois pontos não é uma linha reta. Na política as curvas são muitas, boa parte delas tortuosas e difíceis de serem contornadas.
Rondônia é um Estado onde a direita, hoje Bolsonaro predomina sobre a esquerda de Lula. Nas eleições de 2022 Bolsonaro somou no segundo turno 633.236 votos e Lula 262.904 votos.
Dentre os três senadores, dois são ligados a Bolsonaro, Marcos Rogério e Jaime Bagattoli, ambos do PL, e Confúcio Moura, do MDB, mas fechado com Lula, como já se manifestou publicamente, inclusive ocorreram comentários recentes, que seria ministro, mas ele disse que não é verdade, reafirmou que é de Centro, e apoia o presidente.
Dentre os deputados federais a predominância é de parlamentares ligados a Bolsonaro. Sílvia Cristina (PL), a mais atuante tem habilidade suficiente para ser oposição ao governo sem radicalismo. Isso é bom, pois assim consegue atender o Estado e municípios com eficiência.
Fernando Máximo (PL) está mais preocupado com uma pré-candidatura a prefeito de Porto Velho, Chrisóstomo Moura (PL) com os discursos agressivos, mas sem resultados positivos é contra Lula; Lúcio Mosquini (MDB) tem um mandato sem a mesma expressão do anterior. Thiago Flores (MDB) consegue alguns espaços na mídia com a liberação de emendas para os municípios, Cristiane Lopes (UB) vem realizando um trabalho discreto, e Eurípedes Lebrão (UB), vota sempre com o governo.
Hoje o líder da bancada na Câmara Federal é o jovem Maurício Carvalho, que já foi vice-prefeito de Porto Velho. Filho de político expressivo, o pai, Aparício Carvalho, ex= vereador em Porto Velho, ex-vice-governador e ex-deputado federal.
Maurício é irmão da ex-deputada federal e ex-vereadora de Porto Velho, Mariana Carvalho. Não realiza um mandato como da irmã, mas esta semana se manifestou publicamente argumentando, que está empenhado em trabalhar de forma conjunta com as empresas aéreas e autoridades competentes em busca de soluções, que atendam a demanda de passageiros em Rondônia. Desde junho que as aéreas (Azul, Gol e TAM) reduziram os voos de Rondônia limitando vagas e aumentando de forma absurda o preço das passagens. O povo de Rondônia está praticamente isolado das demais regiões do País via aéreas comercial.
A política é o “carro-chefe” de tudo o que acontece no país e no restante do mundo, seja na economia, no social, na educação, cultural esporte, turismo, agropecuária. Tudo depende da política, que deve –ou deveria– ser conduzida de forma equilibrada, isenta, com pluralidade, pois não há como se alicerçar nos extremos, de agir como se tivéssemos só Deus e o diabo. É necessário o meio termo, a discussão, o diálogo. E quem tiver apoio da maioria deve ser priorizado, para isso, existem eleições.
É necessário que os adversários sejam leais, que defendam seus projetos, propostas, mas que respeitem a decisão do povo, sem interferência de oportunistas, de radicais, que só enxergam à frente e se esquecem que o suporte está nos lados.
Em política deve se investir tudo na campanha, sem denúncias vazias e projetos inviáveis. Acima de tudo, ser um adversário político e não um inimigo. Na política, candidatos devem lutar até o fim na busca da vitória, mas derrotado, deve ser um parceiro e dar suporte a tudo que for de interesse maior para a população, pois é a ela que devem servir, sem se corromper e cobrando políticas públicas, não pessoais.
Radicalismo não leva a nada, a não ser defender interesses de grupos e não as prioridades da população, que banca tudo, compulsoriamente (impostos, taxas, tributos), inclusive o aposentado, que deveria ser isento.