Vilhena: Pais arregaçam as mangas para manter escola funcionando

Os pais de alunos da Escola Progresso, situada às margens da BR-435, a cerca 50 km da área urbana de Vilhena, formaram uma comissão para buscar junto às autoridades uma solução para a ameaça de interdição que paira sobre a escola que, por causa de problemas estruturais, foi alvo de denúncia feita por vereadores, que se mostraram preocupados como o risco de acidentes aos quais os alunos estavam sujeitos, haja vista o prédio apresentar vasta fiação elétrica exposta, dentre outros problemas. 

O Corpo de Bombeiro realizou vistoria no local e apontou diversas irregularidades que poderiam provocar a interdição do local. Fator que obrigaria o remanejo dos alunos da Escola Progresso para outra escola. 

Mas, os pais não concordam que seus filhos sejam transferidos de escola e por isso criaram a comissão que se reuniu na manhã desta sexta-feira, 29, na sede da SEMED em Vilhena, com a secretária municipal de educação, Geisa Maria Vivan, e decidiram por uma parceria entre os pais e a secretaria para a realização de reparos na escola a fim de oferecer mais segurança às crianças. 

A opinião dos pais, contrária a interdição da escola, é compartilhada pela secretária de educação que pondera: “Levar essas crianças para outras escolas não é benéfico, temos crianças que saem de casa 4h30 da amanhã e se tiver que mandá-las para a Escola Maria Paulínia (unidade escolar mais próxima à Progresso) elas terão que sair uma hora mais cedo e retornarão uma hora mais tarde”, pontuou. 

 

O que ficou definido na reunião de hoje é que os trabalhos visando amenizar a situação da Escola Progresso começam na segunda-feira. A prefeitura entra com os materiais e uma equipe de servidores e os pais ajudam na mão de obra. 

No entanto, os pais deixaram bem claro que o interesse deles é que se cumpra a promessa de construção de um novo prédio que atenda a demanda estudantil e ofereça segurança, conforto e dignidade à funcionários, professores e alunos. “Não queremos a interdição da escola, mas isso não significa dizer que estejamos conformados com a atual situação, queremos uma nova escola para nossos filhos”, disse o presidente da comissão de pais, Valdair Gomes. 

Outro pai foi taxativo: “Nós pais iremos, em parceria com a SEMED, realizar os reparos necessários na escola afim de que nossos filhos possam terminar o ano letivo; mas quando for para iniciar as aulas no ano que vem que seja no prédio novo”, disse Claudemir Alves.

A titular da pasta da educação falou com a reportagem após a reunião e afirmou que a Escola Progresso não está interditada e que o esforço mútuo da administração Rover, da sociedade (representada pelos pais) para a realização das obras paliativas, tem como intuito evitar que os alunos tenham que se deslocarem muito mais do que se deslocam hoje para estudar. “A comunidade em conjunto com o poder público e o judiciário têm-se reunido com constância, e dessas reuniões saiu a decisão de fazer algumas melhorias no atual prédio; então com a Judá da sociedade que se propôs a ajudar, vamos fazer umas readequações lá para trazer um pouco mais de segurança para as crianças até o término do calendário de 2016”, relatou Geisa Maria Vivan.

A secretaria falou também sobre o andamento do processo para a construção da nova escola. “O processo se encontra na Procuradoria do Município aguardando parecer; depois irá para o CPL para fazer a licitação; nos próximos dias devemos divulgar a data desta concorrência pública”, disse Geisa Maria que prevê para o final de junho a assinatura da ordem de serviço para a obra. 



Fonte: Folha do Sul 
Autor: Rogério Perucci

Autor / Fonte: Folha do Sul

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