Vilhena: Delegado da PF que provocou CPI contra prefeito comenta decisão de vereadores

Na tarde de ontem, o ex-delegado da Polícia Federal em Vilhena, Flori Cordeiro, que se mudou para Porto Velho esta semana, após ser promovido, comentou a decisão dos vereadores de inocentar o prefeito Zé Rover (PP) das acusações de uso irregular de verbas da União na construção de uma unidade de saúde.

 

O delegado disse que a votação, que aconteceu ontem (quinta-feira, 19),  de cujo resultado alguns podem gostar e outros não, revelou a “beleza da democracia”, pois obedeceu os trâmites legais. “As pessoas têm o direito de concordar ou discordar do resultado, mas é preciso respeitá-lo, porque quem decidiu tinha legitimidade popular para isso”, opinou, acrescentando que, num regime democrático, vale a força das instituições: “E os mecanismos estão funcionando: nós investigamos, o MPF denuncia e a Vara Federal julga”.

 

Foi com base nas denúncias protocoladas pelo próprio Flori, que comandava, até sua transferência, a Operação Stigma, que a Câmara resolveu instaurar a CPI que investigou Rover e, por fim, acabou inocentando-o, sob alegação de que a falha administrativa não justificaria sua cassação.

 

O delegado fez questão de afirmar, no entanto, que as ações que comandou para investigar indícios de corrupção na prefeitura, foram pautadas pelo rigor técnico. “Não sou candidato a nada. Fiz apenas o meu trabalho”, emenda.

 

 

E AGORA?

 

A autoridade fez questão de reafirmar seu entendimento (diferente da maioria dos edis) de que o prefeito Zé Rover cometeu improbidade administrativa, mesmo devolvendo o dinheiro que havia sacado da conta do convênio, que tinha finalidade específica: a construção do Hospital Infantil e Maternidade. E lembrou: o julgamento dos atos do mandatário vilhenense no Parlamento foi político, enquanto o que será feito pelo Judiciário é técnico.

 

Ao finalizar, o comandante da PF, que agora supervisiona todas as unidades da corporação no Estado, lembrou: “Agora, vai ficar meio esquisito se a justiça enxergar crime onde os vereadores viram apenas uma falha de procedimento financeiro”.

 



Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação

Autor / Fonte: Folha do Sul

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