Seis juízes que ingressaram na magistratura de Rondônia em 1995 completam hoje, dia 9 de novembro, 20 anos de trabalho dedicados ao Judiciário rondoniense. São eles Edenir Sebastião Albuquerque da Rosa, Úrsula Gonçalves Theodoro de Faria Souza, Sérgio Willian Domingues Teixeira, Sandra Aparecida Silvestre de Frias Torres, Rinaldo Forti da Silva e Guilherme Ribeiro Baldan.

 

Com trajetórias exemplares, os magistrados tomaram posse como juízes substitutos, foram designados como titulares em comarcas de 1ª, 2ª e por fim chegaram à 3ª entrância, tendo ocupado lugar de destaque dentro da magistratura, em diversos momentos. Hoje todos atuam na capital, em diferentes varas.

 

Edenir Albuquerque por exemplo, que começou na comarca de Vilhena, passou por Costa Marques e Guajará-Mirim, hoje está na 2ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho. Na comarca da capital também atuou como juiz auxiliar da Presidência. “O Tribunal de Justiça de Rondônia é relativamente novo, apenas 30 anos, e fazer parte de pelo menos 2/3 dessa história é muito significativo para nós magistrados que adotamos esse estado, sobretudo porque contribuímos para fazer a diferença na vida de muitas pessoas”, analisou. Para o magistrado, é uma felicidade fazer parte de um grupo de colegas tão solidários, com conduta irrepreensível e impressionante senso de humanidade.

 

A juíza Úrsula Gonçalves compartilha a mesma opinião sobre a turma. “Sinto-me orgulhosa de participar de um grupo que tem feito tanto pelo Judiciário e continua contribuindo pelo aprimoramento do atendimento ao cidadão. A magistrada começou a carreira em Ji-Paraná, passou por Alvorada, Santa Luzia e Ariquemes. Também atuou como juíza auxiliar da Presidência, e responde pela 8ª Vara Cível de Porto Velho.

 

Para o juiz Sérgio Willian a carreira de magistrado é uma das mais nobres que se pode exercer. Tem tido a confirmação disso ao longo da trajetória, construída com a grande colaboração do Tribunal de Justiça Rondônia, que, segundo ele, deu condições para que tivessem uma atuação com responsabilidade social. Desde Alta Floresta, primeira comarca que atuou, passando por Guajará-Mirim e Porto Velho, considera que acompanhou a evolução do Judiciário Rondoniense. Assim como os colegas, “todos brilhantes e destacados magistrados”, acredita que a união e a amizade é um traço forte que caracteriza a 10ª turma.

 

Quando a turma completou 10 anos de magistratura, a juíza Sandra Silvestre estava em Timor Leste, em uma missão de paz da ONU, na reconstrução do país que saia de uma guerra civil. Considera o momento marcante em sua caminhada. Mesmo assim não deixou de contar com o carinho dos colegas. “Cada um, com seu jeito e seu talento, contribuiu de forma positiva para com a história do Judiciário de Rondônia. Sandra passou pelas comarcas de Espigão, Jaru e Ouro Preto, antes de vir para capital, onde atua hoje nos Juizados Especiais.

 

Rinaldo Forte reflete sobre o espírito que moveu essa turma quando entrou no Judiciário. “Éramos todos jovens idealistas e ingênuos, mas tínhamos energia para fazer o que era considerado impossível”. O resultado disso, segundo ele, foi o reconhecimento do valor dessa turma. Entre os momentos marcantes destaca a primeira vez que presidiu uma eleição, uma grande responsabilidade para quem apenas tinha votado. Rinaldo começou como juiz substituto em Cacoal, passou por Alvorada, Ariquemes e Porto Velho. Atuou como juiz auxiliar da Corregedoria, cargo exercido também pelo colega de turma Guilherme Baldan.

 

O magistrado, que passou por Cerejeiras, Pimenta Bueno e Cacoal, antes de chegar à capital, se sente pioneiro, apesar de entrar depois de 10 anos de instalação do TJRO. “Muitas coisas das quais participamos, foram feitas pela primeira vez no Judiciário”, destaca Guilherme. Um exemplo marcante citado pelo magistrado foi a primeira Justiça Rápida em Ponta do Abunã, logo depois da definição do litígio com o Acre, em 1996. “Eu e a Sandra fizemos a operação, um marco para aquela localidade”, relembra ao destacar ainda a homogeneidade da turma.

 

Homenagem

Servidores que trabalham com os magistrados do grupo também comemoram com eles esse momento marcante. No 3º Juizado Cível por exemplo, os servidores organizaram uma homenagem surpresa para a juíza Sandra Silvestre, que se emocionou com a demonstração de carinho e reconhecimento do trabalho.