'Terminal hidroviário sem solução'

 Na edição do Diário da Amazônia de ontem (19), li a matéria desenvolvida pela colega Daniela Castelo Branco: 'Terminal hidroviário sem solução'.

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O terminal nada mais é, do que a 'Ponte' de atracação dos barcos de passageiro e carga, que fica em frente ao Mercado do Peixe no chamado “Cai N'água”.

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O interessante, é que nenhum órgão sediado em Porto Velho (RO), tem poder para dar andamento a obra que, segundo a reportagem, estava em andamento e parou logo depois de iniciada no mês de junho.


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A obra precisa ser autorizada pela Marinha de Manaus e executada pelo DENIT. Quer dizer, em Rondônia não existe um órgão capaz de tomar a frente da reforma ou do concerto do terminal hidroviário.

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Olha só, na capital de Rondônia, Porto Velho, a Aeronáutica tem sua unidade ou comando, o Exército nem se fala. Enquanto isso, a Marinha conta apenas com a Delegacia Fluvial que é mais conhecida como “Capitania dos Portos”.

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Como vimos na reportagem da Dani, essa Delegacia não tem poder para tocar a obra e assim sendo, continuamos assistindo os estivadores carregando mercadorias na cabeça e enfrentando o barranco escorregadio da beira do Rio, na iminência de sofrer um acidente grave.

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Agora, concertar o motor do Terminal e trocar o CABO de atracação ninguém toma providencia e assim sendo, a população ribeirinha e os turistas que gostam de viajar de barco também sofrem o perigo de acidente.


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Ai me vem na lembrança, a luta dos ferroviários pela reativação da Madeira Mamoré, pelo menos até a Vila de Santo Antônio. Seria bacana reviver parte do trajeto do trem da estrada de ferro.


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Porém, enquanto o Ministério Público move ação solicitando que a Santo Antônio Energia faça isso e faça aquilo na Madeira Mamoré. Seria bom que exigisse que a Usina antes de tudo, providenciasse o muro de arrimo que evitaria o desbarrancamento da margem direita do Madeira.


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Exigisse que se condenasse a Usina a construir um Porto para embarque e desembarque de carga e passageiros, como compensação, pelos danos causados às famílias que tinha suas casas no Triângulo.

 

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Enquanto a Marinha de Manaus não toma providencia a respeito do Terminal Hidroviário de Porto Velho, porque não se abre licitação para empresas privadas explorarem o serviço. A tal PPP – Política Pública Privada. O Denit, parece, não tá nem aí para concluir os reparos que devem ser feitos no Terminal do Cai N'água.


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A Colônia de Pescadores por sua conta e risco, tá preparando o barranco colocando cascalho e até concretando parte da descida em frente ao Mercado do Peixe, para facilitar seus associados na subida com o produto da pesca, assim como servir para os estivadores carregarem as mercadorias nos barcos que utilizam o porto.


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Lembrei do Plano Inclinado. O Plano Inclinado funcionava transportando carga dos navios para os armazéns da Madeira Mamoré ou dos Armazéns para os porões dos navios.


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Para facilitar a operação fixaram uma espécie de balsa que colocaram o nome de “Pontão Aripuanã” onde os navios atracavam e os passageiros desembarcavam.

 

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Os troles do Plano Inclinado desciam fixos por cabo de aço até o Pontão e descarregavam ou carregavam de mercadoria, levados ou puxados pelo guincho do Plano Inclinado.


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Como o Pontão era flutuante não tinha problema com a vazante ou a cheia do Madeira. O trole do Plano Inclinado descia ou subia pelos trilhos que iam até o fundo do rio.


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O estilo do Terminal, que está interditado no Cai Nágua, é bem melhor que o Plano Inclinado. Só está faltando quem tome providencia no sentido de fazê-lo funcionar. É uma vergonha!

Autor / Fonte: Zekatraca

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