Tempo sombrio em Rondônia é citado em afastamento de Cunha no STF

 

Uma época sombria vivenciada em Rondônia foi citada pelo ministro Gilmar Mendes no Plenário do Supremo Tribunal Federal, na sessão em que foi mantida por unanimidade a liminar do ministro Teori Zavaschi, afastando Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal e de presidente da Câmara.

O site Consultor Jurídico (conjur.com) citou que ‘o ministro Gilmar Mendes lembrou de um caso de relatoria da ministra Cármen Lúcia em que se discutia a situação da Assembleia Legislativa de Rondônia, na qual 22 dos 24 deputados estavam implicados em investigações de organização criminosa. “O constituinte não poderia ser tão visionário a ponto de identificar essas situações”, disse, concordando com a excepcionalidade da medida.’

Inicialmente o ministro Dias Toffoli, antes de votar favorável à manutenção da liminar afastando Cunha, disse que “essa atuação de suspender o mandato popular por circunstâncias fundamentadas deve ocorrer em circunstância que sejam realmente as mais necessárias e plausíveis possíveis.” Ele citou ser essa uma medida de excepcionalidade.

“Não é desejo de ninguém que isso passe a ser um instrumento de valoração de um poder sobre o outro, de empoderamento do Poder Judiciário em relação aos poderes eleitos democraticamente pelo voto popular”, afirmou Toffoli.

Como estava nas entrelinhas que o Judiciário deveria agir porque deputados federais não haviam tomado as providências o para afastamento de um colega, Gilmar Mendes lembrou o que ocorrido em Rondônia, quando 22 deputados estaduais em uma mesma legislatura foram investigados.

Na ocasião, deputados foram afastados e presos. A Assembleia Legislativa foi apedrejada. Recentemente aconteceram prisões de agora ex-deputados, por conta das investigações citadas por Gilmar Mendes. 

Autor / Fonte: Rondoniadinamica com informa��es do Conjur

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