Suíço-brasileira é destaque na seleção feminina do Brasil

Suíço-brasileira é destaque na seleção feminina do Brasil

Pelo sotaque já dá para perceber que ela tem algo diferente. Natasha é brasileira, mas também é suíça. Filha de uma brasileira com um suíço, a goleira de 21 anos nasceu e vive naquele país, mas nunca perdeu seus laços com o Brasil. Joga bola desde os 4 anos e sempre quis realizar um desejo: jogar pela Seleção Brasileira. Nesta segunda fase de treinamentos visando a preparação para a Copa do Mundo, ela realizou o sonho da primeira convocação.

"Orgulho! Sempre sonhei com isso e o meu sonho pode se realizar. Eu vim para a Seleção, pude mostrar o meu futebol e fui observada. Se eu tiver mais oportunidades, eu quero aproveitar", confessa Natasha.

Servir uma Seleção não é novidade para Natasha. Agora ela já pode colocar no currículo que tem passagens por duas. Como também tem nacionalidade suíça, a goleira já foi chamada para defender seu país natal. Também esteve na disputa da Euro Sub-19 Feminina. Como não atuou em nenhuma das partida oficial da Seleção Principal, a convocação pelo Brasil não foi inviabilizada.

"Quando eu recebi o primeiro convite da Seleção da Suíça, eu falei para a minha mãe. Eu lembro muito que estava triste porque não tinha recebido o convite da Seleção do Brasil. Mas depois a minha mãe falou: 'você nasceu aqui (Suíça), vai lá, veja as coisas, aprenda e faça a sua experiência, e um dia se você tiver oportunidade, o Brasil pode chamar você'" revela a jogadora.

A altura e a habilidade com os pés foram o que mais chamaram atenção da Comissão Técnica. Com o trabalho de análise de desempenho, realizado por Ricardo Pombo, o técnico Vadão e o preparador de goleiras Juarez Veludo puderam observar e acompanhar o desempenho de Natasha na Liga Suíça de Futebol Feminina. Ela é titular do FC Luzern Frauen e defende o clube há dois anos.

"Vimos algumas imagens da Natasha. Eu e Vadão conversamos e resolvemos convocá-la para que pudéssemos fazer um período de observação. Ela tem nos agradado bastante, porque é uma jogadora com um potencial muito grande e gostaríamos de continuar a observá-la em outras convocações", conta Veludo.

Neste período de observação, Natasha pode ficar sete dias com a comissão técnica na Granja Comary, em Teresópolis. A goleira não seguirá com a equipe para Itu, em São Paulo, onde a Seleção segue a preparação até o dia 23 de fevereiro. Vir ao Brasil não é lá novidade para a franco-brasileira, Natasha tenta visitar os familiares todos os anos, mas nessa convivência com o grupo já observou aspectos bem diferentes.

"É bem diferente, porque na Suíça tem muitas coisas semelhantes, como os treinamentos e as pessoas. Aqui as pessoas são mais abertas, se soltam mais, falam, cantam e dançam bastante, e na Suíça é bem diferente", define Natasha.

Autor / Fonte: Notícia ao Minuto

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