Saúde do Trabalhador e valorização de servidores são parte das prioridades da nova gestão da Agevisa

Saúde do Trabalhador e valorização de servidores são parte das prioridades da nova gestão da Agevisa

Há 36 anos no governo, a enfermeira tem vasta experiência em gestão pública

Formada em Enfermagem pela Fundação Cespe, em Manaus, Ana Flora Camargo Gehardt, diretora geral da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), vive em Rondônia desde 1983, quando ingressou no quadro estadual de Saúde na área clínica cirúrgica e logo após iniciou a história profissional como gestora.

Em 36 anos de governo, a paulista de Araçatuba conta que presenciou muitas ações positivas e aprendeu muito sobre gestão pública e economia de gastos públicos. “Naquela época, o secretário de saúde era o saudoso Dr. Adelino, que saia de sala em sala no Hospital de Base apagando as luzes onde não havia ninguém utilizando o espaço. Isso me marcou muito na questão de redução de gastos, em valorizar o dinheiro público. Era muito forte o cuidado com o bem público e nós vamos levar esses valores sempre”, lembra.

Nas diferentes fases de trabalho, Ana Flora já foi também diretora do departamento técnico do HB, o que ela afirma que era um dos patamares mais altos da gestão de Saúde, cuidando de setores como a lavanderia, zeladoria, farmácia, costura, Serviço Social, e vigilância. “Não existia serviço terceirizado, nós tínhamos que trabalhar com os servidores do quadro da unidade hospitalar, lidando com as pessoas e gerindo todas as necessidades do departamento”.

“Antes não existia a visão de que a saúde do trabalhador é transversal e perpassa por todos os segmentos”.

Do HB, a diretora foi indicada para montar a equipe de Enfermagem do Hospital João Paulo II, enquanto realizava paralelamente a primeira especialização profissional em Administração Hospitalar, em 1990. “Todo aquele conhecimento que eu estava recebendo no curso já colocava em prática no trabalho. Depois de algum tempo assumi o Centro de Referência de Saúde do Trabalhador – o Cerest, onde inserimos políticas públicas da saúde do trabalhador na rede. Antes não existia a visão de que a saúde do trabalhador é transversal e perpassa por todos os segmentos”.

Buscando sempre mais conhecimento, Ana Flora também se especializou em Saúde do Trabalhador, em Enfermagem do Trabalho, e mestrado pela Fiocruz.

PROJETOS

Para a Agevisa, considerando as quatro vigilâncias das áreas ambiental, sanitária, epidemiológica e saúde do trabalhador, a ideia é fortalecer essa última sempre contando com a parceria do Cerest como uma das prioridade da gestão. “Quando entrei aqui foi já pensando em detectar qual a necessidade subliminar do trabalhador para trabalhar baseada no desejo da maioria. Gestão é fazer as coisas certas, com a condução do feedback do servidor, fazendo com que haja retorno e atenda realmente à população”, diz a diretora.

Elencando as propostas para a pasta, Ana Flora considera gerir a partir de planejamento com a participação dos servidores; implantar o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), para garantir a definição precisa de causas de mortes e prevenir agravos eventuais; melhorar a qualidade dos serviços prestados à população com escolhas acertadas de prioridades, melhorando a prevenção e o tratamento de agravos; modernizar os processos administrativos e gerenciais da Agevisa com uso de tecnologias; trabalhar integrada com parceiros governamentais ou não, e manter o bom diálogo com a sociedade.

Ana Flora diz que já tem feito os ajustes necessários para a gestão e já está articulando com parcerias para a implementação das políticas sob a responsabilidade da Agevisa, sempre trabalhando alinhada com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), e ainda com a Anvisa, Seagri, Ministério Público do Trabalho (MPT), Cerest, prefeituras municipais, e outros órgão e instituições que possam agregar ações. Além disso, a gestora realizou tomada de contas para ter “o pé” da situação em que assumiu a pasta, a repactuação de contratos vencidos e a vencer e conduziu enfrentamentos de surtos de botulismo, diarreia, leptospirose e H1N1, assim como a campanha de carnaval para a prevenção de HIV/Aids e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).

Autor / Fonte: Vanessa Farias/Secom

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