Samd já realizou mais de 43 mil procedimentos domiciliares

 

 

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Santino melhorou

 

O pedreiro Santino Lobato, de 72 anos perdeu o movimento das pernas após um projétil atingir parte da sua coluna dorsal durante assalto ocorrido na casa dele, há dez meses. Agora para se locomover ele necessita do auxílio de  uma cadeira de rodas. No entanto, desde o início do  tratamento com a equipe do Serviço de Atendimento Multidisciplinar Domiciliar (Samd) ele evolui para um quadro considerado satisfatório.

 

 

Duas vezes por semana, o aposentado recebe a visita de um fisioterapeuta que o auxilia no tratamento. “Vemos uma evolução no tratamento do seu Santino, que necessita apenas do nosso acompanhamento.  Ele já ouviu que vai voltar a andar”, disse o fisioterapeuta Diogo Almeida, integrante da equipe.

 

 

Desde que foi criado e instalado pelo governo estadual em 2011, o Samd fez mais de 43 mil procedimentos domiciliares em pacientes das zonas norte, sul, leste e oeste, alcançando a média de 162 pessoas/mês. “O número de pessoas atendidas vem sendo feito de forma satisfatória, além de alcançar a escala de serviços prevista pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau)”,  explica o coordenador do programa, Leonardo Moreira.

 

 

 

O  funcionário público aposentado Cosmo Rodrigues de Lima tem diabetes.  Quando descobriu a doença, há dez anos, deveria ter tomado todos os cuidados possíveis, entretanto, relaxou anos depois. A doença, do tipo 2, evoluiu, causando-lhe a amputação do pé direito.

 

 

Todo dia

 

 

No caso de seu Cosmo, as visitas são diárias. “Nossa equipe vêm aqui medicar o paciente, trocando o curativo no pé dele. Hoje ele vem melhorando muito, comparando-se com o período quando começamos”, comenta a médica Tamires Araújo.

 

 

Devido ao ferimento, Cosmo esteve alguns dias em verdadeira maratona. Entrou e saiu do Hospital João Paulo II, onde, inclusive, passou o natal. Hoje, ele tem à disposição uma equipe que o visita na própria casa, de maior eficácia para o caso dele. “Na presença da minha família, eu me sinto melhor”, diz.

 

 

Boa parte dos pacientes tem câncer em fase terminal, acidente vascular cerebral, ou se recuperam de infarto do miocárdio. Também existe o acompanhamento em crianças, por um convênio do governo estadual com a Casa Família Roseta. Para os pacientes com quadro mais evoluído, a família começa  a ser integrada como membro que passará a cuidar deles em casa. Quando o paciente melhora, segue para o Programa Social Familiar (PSF), aos cuidados do município.

 

 

Quando a equipe não está presente, seu Cosmo fica aos cuidados dos filhos, o estudante de medicina Christian Maura e de uma irmã que atualmente descansa, aproveitado o período em  que está em casa o irmão aluno de medicina na Bolívia. E cabe-lhes a responsabilidade de colocar o que a equipe do Samd repassa, especialmente os cuidados com o paciente. Depois do vaivém ao hospital, a recuperação é satisfatória.

 

 

Assistência social

 

Dos envolvidos, o papel do assistente social é importantíssimo no Samd. A técnica em enfermagem Sâmia Castro atende caso a caso, avaliando os pacientes.  ”A assistente social faz o levantamento quando o paciente sai do Hospital João Paulo II, Hospital de Base ou Centro de Medicina Tropical  (Cemetron), observando se ele tem condições de retornar para casa ou se deve continuar internado”, explica.

 

Para a clínica geral Tamires Araújo, trabalhar com pacientes requer cuidados diferenciados e o ensinamento pós-faculdade é essencial. “A prática é importante para o resultado do trabalho da equipe. A gente invade o ambiente do paciente, ainda mais quando vemos a sua evolução, contando com nosso apoio e dos profissionais”, justifica.

 

Com o programa, o governo conseguiu diminuir a pressão sobre os leitos do João Paulo, que atendia acima da capacidade prevista de 140 leitos. Visto pelo governo como programa que surtiu efeito, o Samd surgiu quando a Capital enfrentava uma de suas maiores crises no setor da saúde: pacientes recebiam atendimento no chão das unidades hospitalares.

 

 

PARA SER ATENDIDO EM CASA

❶ O paciente necessita seguir critérios, após avaliação médica feita por uma junta que faz a triagem.

❷ Caso a caso é estudado, até que os profissionais tenham certeza da necessidade de internação do paciente. Ou se ele pode recuperar-se em casa.

❸ A partir daí, entra a equipe do Samd. Há períodos em que a pessoa necessita esperar até três dias para saber se poderá ser atendido em domicílio.

❹ Quando o profissional avalia e autoriza procedimentos em casa, o paciente é imediatamente transferido em ambulância e estará apto a receber visitas. Elas devem ser feitas duas a três vezes por semana, informa a assistente social Sâmia Castro.

❺ Em Porto Velho, o programa conta com a participação de cinco médicos, três fisioterapeutas, um assistente social, um nutricionista, 14 técnicos em enfermagem, quatro enfermeiros e cinco motoristas. As equipes serão ampliadas este ano.


Fonte
Texto: Emerson Barbosa
Fotos: Bruno Corsíno
Decom - Governo de Rondônia

Autor / Fonte: Decom-RO

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