Reconstrução de São Carlos inclui também crédito para móveis

A reconstrução do distrito de São Carlos na região de Porto Velho, um dos principais atingidos pela cheia do rio Madeira, foi discutida nessa segunda-feira (28), em reunião do governo do Estado com representantes dos moradores, no Palácio Presidente Vargas. São Carlos, que abrigava cerca de 500 famílias, aproximadamente duas mil pessoas, será reconstruído em uma área mais alta, desapropriada pelo governo estadual, que será responsável pelo projeto urbanístico.


 
De acordo com o diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Ubiratan Gomes, a definição da data para início da terraplanagem ocorrerá tão logo as máquinas retornem de Nova Mamoré, outro município que sofreu as graves consequências da cheia. Quanto à reconstrução, a técnica da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), Rosana Vieira, informou que obedecerá a um projeto elaborado em parceria com a comunidade.


 
Antes de receber os moradores do distrito, o governador Confúcio Moura reuniu-se com os secretários de Assistência Social (Seas), Márcio Felix; da Sepog, George Braga; de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri), Evandro Padovani; o coordenador da Defesa Civil estadual, coronel Ubirajara Caetano, comandante do Corpo de Bombeiros; e o coordenador-geral de Patrimônio Mobiliário e Imobiliário (CGPMI), Álvaro Lustosa Junior, que integram a comissão responsável pelo Programa Emergencial de Recuperação (PER), que tem a finalidade de apoiar a atividade econômica em regiões afetadas por desastres naturais.


 
Ainda de acordo com Rosana, assim como os comerciantes e produtores rurais que sofreram prejuízos inestimáveis, também está sendo estudada a criação de uma linha de crédito para a compra de móveis com carência de um ano e juros baixos, mas será destinada apenas às famílias cadastradas como vítimas da enchente. 
 


Os recursos a ser utilizados são os R$ 15 milhões que antes eram descontados mensalmente pela União do Fundo de Participação do Estado (FPE) para pagamento da dívida do extinto Banco do Estado de Rondônia (Beron), que o governador conseguiu negociar a suspensão, por meio de medida cautelar incidental, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), até novo julgamento. 


 
Apesar do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) recomendar, após estudo, a não ocupação das residências do distrito de São Carlos, muitas famílias já retornaram alegando que não tem para onde ir, mesmo o governo tendo oferecido auxílio aluguel no valor de R$ 500 mensais.


 
Conforme a dona de casa, Hosana Lima, que teve a casa e móveis totalmente destruídos pelas águas, algumas famílias permanecem abrigadas em Porto Velho e outras na Vila Aliança e Agrovila do Jamari. 


 
Hosana, juntamente com o esposo, que é aposentado, mas se dedica à pesca para aumentar a renda, e dois filhos, um deles extrativista, estão morando temporariamente na Vila Aliança com aluguel custeado pelo Estado. “Primeiro ficamos numa escola, mas depois fomos para a Vila Aliança”, disse, destacando que já recebeu R$ 1.000 referentes a duas parcelas do auxílio aluguel; e outros R$ 1.000 para pequenos reparos do imóvel.

Autor / Fonte: ascom

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