Presos três soldados suspeitos de ataque a hotel onde estava Erdogan
— Publicada em 25/07/2016 às 15h32min
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O chefe de Estado turco, Recep Tayyip Erdogan, indicou já publicamente que se livrou de ter sido morto ou raptado por uma questão de 10 a 15 minutos, que permitiram que pudesse ser extraído em segurança do local onde se encontrava na noite da tentativa de golpe, no passado dia 15 de julho.
Após 10 dias em fuga, os três soldados foram detidos num controlo rodoviário enquadrado numa vasta operação de caça ao homem na região da estação balneária no Mar Egeu, onde o Presidente passava férias com a família.
Quatro outros homens são ainda procurados, indicou a Anadolu, citada pela agência France Presse.
Erdogan explicou ter sido informado por um cunhado da intenção de golpe de estado. "Houve uma falha em matéria de serviço de informações", reconheceu.
A Turquia encontra-se sob estado de emergência, decretado na passada quarta-feira. Um decreto-lei sobre o estado de emergência publicado no último sábado refere que o período de detenção dos suspeitos envolvidos na tentativa falhada do golpe de Estado de 15 de julho pode prolongar-se até 30 dias.
Na sexta-feira, o ministro da Justiça, Bekir Bozdag, admitiu estender por mais tempo o estado de emergência decretado na quarta-feira por três meses.
O Presidente Recep Tayyip Erdogan afirmou, também na sexta-feira, que 11 mil pessoas foram detidas devido a ligações com o golpe de Estado, que provocou 265 mortos.
O decreto-lei publicado no sábado também dissolve milhares de estruturas e instituições, incluindo organizações ligadas à educação e relacionados com Fetullah Gülen, o clérigo muçulmano turco que vive nos Estados Unidos e que Erdogan acusa de ser responsável pela tentativa de golpe.
A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional afirmou no domingo que reuniu "provas credíveis" atestando casos de tortura de presos nos centros de detenção na Turquia, após a tentativa de golpe de Estado.
Autor / Fonte: Not�cias ao Minuto
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