Prefeito de Cerejeiras enumera melhoras na saúde, mas reclama da Lei de Licitações

 

Num evento dedicado ao tema, o prefeito de Cerejeiras falou sobre os avanços que, segundo ele, a saúde pública alcançou em sua gestão. O discurso do mandatário foi na 5ª Conferência de Saúde Pública, que acontece nestes dias 08 a 09 de julho, no auditório da Câmara de Vereadores do município.

 

“Dedicamos 24 por cento do orçamento municipal para a saúde pública, bem mais do que a lei exige, que são 15 por cento”, disse o prefeito. Ainda sobre o tema, Gomes lembrou que comprou equipamentos para os postinhos do município e também adquiriu remédios para a rede pública de saúde. “Equipamos nossos postos e o hospital municipal com aparelhos de exames de eletrocardiograma. Realizamos esses exames mais que qualquer município aqui da região”, afirma.

 

Entretanto, o prefeito de Cerejeiras reclama de duas realidades da saúde pública no município que, segundo ele, impedem uma melhoria mais significativa no setor.

 

Primeiro, segundo Airton Gomes, o número de cidadãos que entram com medidas judiciais para a compra de medicamentos caros é ainda muito grande. “Esse tipo de remédio é de responsabilidade do Estado, não do município. Mas o cidadão vai ao Ministério Público ou na Defensoria e, daí a Justiça obriga a prefeitura a comprar os medicamentos. Se não comprarmos os remédios para o cidadão, a Justiça sequestra o valor dos medicamentos nas contas bancárias do município. Já tivemos até R$ 40 mil sequestrados por medidas judiciais. Aí não sobra muito dinheiro para melhorar a saúde pública para todo mundo”, diz o prefeito.

 

Já o outro entrave que prejudica a melhora da saúde pública municipal, segundo o chefe do Executivo de Cerejeiras, é dificuldade de se fazer licitações para que empresas boas e bem estruturadas possam construir os prédios públicos, como os postos de saúde, no município. 

 

“Funciona assim na gestão pública: a empresa que oferecer o preço mais baixo vence a licitação. Mas geralmente a firma que oferece o preço mais baixo não tem competência e estrutura para fazer uma obra de qualidade. Mas a lei manda que o preço mais baixo, independentemente de que empresa seja, deve ser contratado. É por isso que o nosso povo, muitas vezes, acaba recebendo uma obra de má qualidade, como a construção de um posto de saúde malfeito”, desabafa Airton Gomes no discurso feito na conferência de saúde de Cerejeiras.
 



Fonte: Folha do Sul
Autor: Rildo Costa

 

Autor / Fonte: Folha do Sul

Leia Também

Comentários