Prefeito avalia com empresários situação econômica do município

O prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, junto a diversos secretários municipais, reuniu-se nesta quarta-feira (23), no Palácio Tancredo Neves, com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Edson Gazoni, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia (Fecomércio), Raniery Araujo Coelho e outros representantes de instituições da área do comércio. Foram apresentados diversos problemas relativos à atuação dos lojistas, tais como a presença de camelôs à frente das lojas, as dificuldades com estacionamento, pouca iluminação em vias de grande fluxo e diversas outras.


A reunião se iniciou com a mostra de um vídeo apresentando problemas existentes na área central e nas avenidas Jatuarana e Tancredo Neves, locais que reúnem grande quantidade de lojas. Os representantes da área do comércio relataram que muitos lojistas têm enfrentado acentuadas baixas em suas atividades comerciais e que isso pode estar relacionado aos problemas apresentados.


 
O diretor da Emdur, Gerardo Martins, afirmou que todas as áreas referidas já haviam recebido os serviços de reparo da iluminação pública. “Ocorre que as lâmpadas de vapor de sódio, de cor amarela, têm tido má receptividade por parte da população, que as considera de pouca emissão de luz. Apesar de que elas sejam mais duradouras, portanto mais econômicas, estamos adquirindo novas lâmpadas brancas, de vapor metálico, que tornarão as ruas mais claras”, afirmou, explicando também que as novas lâmpadas serão colocadas apenas nas principais avenidas da área central da cidade e de alguns bairros.
Foi proposto pelos lojistas que nas ruas de grande fluxo a Emdur adicione mais uma luminária nos postes, porque eles mantêm grande distância entre um e outro. Dessa forma, as principais avenidas poderiam estar mais iluminadas com os postes contendo duas luminárias cada um. O prefeito pediu à Emdur que considerasse a proposta e estudasse o caso.


 
Quanto à presença dos camelôs nas calçadas, o secretário da Semusb informou que estão sendo verificados na Avenida 7 de Setembro edifícios que possam ser alugados para abrigar de 250 a 300 Box para alocar todos os camelôs que já foram cadastrados. “Após a instalação deles nesse local, não será mais tolerada a presença de nenhum tipo de comércio nas calçadas da cidade. Vamos atuar com a Polícia Militar em ações de tolerância zero a esse tipo de circunstância”, disse Ricardo Fávaro.


 
Carlos Guimarães, secretário adjunto da Semtran, esclareceu que as medidas que vinham sendo estudadas para as mudanças de sentido da Avenida 7 de Setembro e para o estacionamento rotativo na área central da cidade, entre diversas outras medidas que seriem implantadas, foram interrompidas. “Apesar de que as mudanças propostas tenham sido aprovadas por todos os consultados da área de comércios, um lojista impetrou ação pública contra as propostas e tudo ficou paralisado a partir disso. Estávamos com todo o projeto pronto, mas não pudemos dar andamento”, enfatizou o secretário.


 
O prefeito afirmou que apesar de a Prefeitura ter feito sua parte na composição dos diversos projetos que foram decididos em conjunto com os lojistas, a municipalidade viu-se sozinha na tarefa de conseguir o apoio da população e dos setores públicos que poderiam embargar os trabalhos. “Além disso, a ação que paralisou parte dos projetos da Semtran partiu de um lojista”, esclareceu o prefeito, frisando também que a possibilidade de baixa na economia do município não seria de estranhar, visto ser esse um acontecimento natural em cidades que passam por período posterior ao recebimento de grandes obras, como é o caso de Porto Velho com as usinas. “Porém, não podemos dizer que isso esteja realmente ocorrendo conosco, porque temos visto novas empresas se instalando aqui. Inclusive grandes lojas. Mas é verdade que o próprio município perdeu receita, porque temos enfrentado todas as dificuldades relativas à cheia do Madeira apenas com recursos próprios, já que não recebemos ajuda para socorrer e dar assistência às vítimas”, disse Nazif.


O prefeito pediu cooperação dos empresários e agendou nova reunião para organizar um conselho municipal para atendimento às demandas da área do comércio. Foi apontado o nome do secretário Ricardo Fávaro para representar a administração municipal junto ao grupo.


 
Finalizando a reunião, Nazif, destacou que os problemas apresentados pelos representantes do setor não surgiram recentemente. “Quero deixar claro que os problemas não começaram agora. Desde que cheguei à cidade, em 1984, eles já existiam e vêm aumentando desde então. Quando as usinas começaram a se instalar, criou-se uma situação nova, havia muito dinheiro circulando e muita gente se empregando. O metro quadrado da construção civil estava à média de quatro mil reais, mas hoje estamos no pós-usinas, o metro quadrado não vale nem três mil reais. Apesar das oportunidades daquele momento, a cidade foi recebida com os mesmos problemas que já existiam historicamente. Os camelôs nas calçadas, a falta de infraestrutura, problemas no trânsito, nada disso começou agora. Mas estamos empenhados na implementação de mudanças e queremos contar com o setor de comércio para realizá-las, mas é preciso que haja consenso entre vocês para que possamos agir todos de comum acordo e com a mesma energia”, concluiu.

Autor / Fonte: Por Renato Menghi

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