Porto Velho : Semtran se posiciona sobre a greve no setor de transporte público



A Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (Semtran), na pessoa de seu secretário, Carlos Guttemberg, comunica à população que a greve dos motoristas e cobradores do transporte público, deflagrada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte Urbano de Rondônia (Sitetuperon), em nada colabora com a melhoria do sistema e nem mesmo com as condições atuais dos trabalhadores. 

 

Segundo Guttemberg, não é compreensível a resolução do sindicato, pois as empresas que estão atuando no sistema haviam manifestado a intenção de não paralisar suas atividades, porque com isso poderiam reforçar seus caixas até o dia 20 de dezembro, quando devem iniciar os serviços das novas empresas contratadas. “Tomei conhecimento de que o presidente do sindicato teria dito aos sindicalizados que as novas empresas iriam pagar os salários atrasados da categoria até o dia 30 de novembro. Como isso não aconteceu, teria havido uma insatisfação dos trabalhadores. Porém, as empresas contratadas nunca se comprometeram com isso, elas sequer possuem uma relação dos funcionários porque o sindicato não entregou. Mas nem é por isso, é porque as novas empresas não podem mesmo arcar com as responsabilidades das antigas empresas, são elas que devem pagar os salários atrasados e não quem começa a operar com um novo contrato”, disse o secretário. 

 

Para Guttemberg a paralisação cria muitos problemas. “Pelo que estamos compreendendo o sindicato adotou a paralisação como forma de pressão para que as empresas novas paguem os salários atrasados. Apesar disso não ter cabimento, mesmo assim eu conversei com as novas empresas, que se comprometeram a admitir todos os funcionários e a pagar um salário adiantado, mas elas não se comprometeram a arcar com os atrasados”, reforçou. 

 

A presidência do Sitetuperon quer que os trabalhadores recebam agora, antes que as empresas que estão operando o sistema parem suas atividades. Mas, para o secretário da Semtran a forma de pressão adotada é um equívoco, pois apenas piora o quadro. As atuais empresas deixam de arrecadar, os trabalhadores ficam sem ganhar e a população fica desassistida. “O que vai forçar o pagamento dos salários é uma ação na Justiça, mas o sindicato ainda não acionou as atuais empresas. É claro que isso se trata de um erro absurdo que só prejudica a população”, enfatizou.

 

A Prefeitura já liberou o trabalho de taxis lotação e convidou os parceiros que atuaram na última greve, tais como vans, microônibus e ônibus, a operarem o sistema de transporte público. 

 

Guttemberg explicou ainda que não haverá gratuidade de passagens. “Não temos, desta vez, como arcar com esses gastos. Contudo, se o prefeito determinar isso será feito. Por enquanto, trabalhamos com o fato de que não dispomos na Semtran das condições financeiras para fazer isso no momento”, finalizou. 

 

Autor / Fonte: Assessoria

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