Ouro Preto: após tentativas frustradas de negociações, Educação decide entrar em greve
— Publicada em 06/04/2015 às 12h32min
Por Gazeta Central
Por unanimidade, os servidores da Educação do município de Ouro Preto do Oeste, professores e pessoal de apoio, decidiram que irão entrar em greve. A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira (1°) durante reunião que ocorreu na sede do Sindicato dos Trabalhadores Públicos do Município de Ouro Preto do Oeste – STPMOP.
A greve, de acordo com os sindicalistas, está prevista para se iniciar na segunda semana de maio, prazo para serem atendidos todos os trâmites legais. A Assembleia Geral Extraordinária está marcada para a próxima quinta-feira (9), às 19h30, quando será oficialmente deflagrada a greve por tempo indeterminado.
O motivo por terem optado pela greve, segundo os servidores da Educação, seria a frustração nas diversas tentativas de negociações com a prefeita Joselita Araújo (PMDB), que não atendeu nenhuma das reivindicações feitas pela categoria. Sendo que horas antes uma comissão formada por professores, pessoal de apoio e a direção do STPMOP teria participado de uma reunião com a chefe do Executivo e sua equipe técnica em seu gabinete.
A secretária-geral do STPMOP, Marilene Ferreira da Silva, explicou que a comissão e a diretoria do STPMOP tentaram de todas as formas buscar uma solução para que as reivindicações dos servidores fossem atendidas e a assim a greve não precisaria ocorrer. Mas, conforme Marilene, infelizmente isso não aconteceu. Lembrou também que a prefeita Joselita Araújo tem mais de 30 dias, ou seja, até o início do mês de maio para rever seu posicionamento, e com isso evitar que a greve aconteça.
Durante o encontro na sede do sindicato, os servidores relataram que a situação da educação no município está inaceitável e inadmissível e que está havendo contradição entre o que a prefeita e o secretario de Educação Paulo Bicalho falam. Na ocasião, foram questionados os argumentos da chefe do Executivo, uma vez que essas reivindicações foram feitas há bastante tempo e que algo está errado.
Ao final, um dos servidores que teria participado da reunião com a prefeita disse ter sentido na pele o descaso de Joselita com os sindicalistas quando a chefe do Executivo teria dito aos presentes que não iria pagar pelo erro dos outros e que sua gestão está próxima de acabar e que ela não teria interesse em se candidatar.
Reivindicações
- Plano de carreira unificado da Educação;
- Progressão salarial anual de 2%;
- Revisão geral dos vencimentos – Lei 1.827/2012;
- Piso salarial do magistério – Lei 11.738/2008;
- Dispersão salarial – Artigo 13 da Lei Municipal 1.972/2013;
- Horário de trabalho.
Autor / Fonte: Gazeta Central
Comentários