Opinião – Restauração e duplicação da BR-364 são obrigações da União

Opinião – Restauração e duplicação da BR-364 são obrigações da União

Porto Velho, RO – O ano está terminando, mas um dos problemas de difícil solução em Rondônia continua. É a situação da BR 364, rodovia federal mais importante no Estado que, ainda, tem trechos com o piso sem plenas condições de tráfego e o movimento de carretas, que aumenta a cada dia dificultando viagens seguras pela rodovia.

A luta pela melhoria das condições de tráfego na 364 é uma das bandeiras do Rondônia Dinâmica. O assunto vem sendo explorado com regularidade pelo RD cobrando melhorias na BR 364, como a restauração do piso, que tem sua base, ainda, da década de 80, quando não existiam carretas, bitrens, treminhões e nem o enorme movimento de hoje, com mais de mil carretas-dia em períodos de safra de grãos do Estado e do Sul do Mato Grosso.

Todos os anos a bancada federal (três senadores e oito deputados) durante o período do verão amazônico (seca) promete resolver um dos problemas da 364, que são os buracos provocados no inverno amazônico (chuvas). A rodovia fica mais perigosa e aumenta o volume de acidentes fatais.

Esta ano com o início do período chuvoso os buracos tomam conta do leito da estrada como no trecho do retão da Fazenda Nova Vida a Jaru. De Jaru a Ouro Preto e de Ouro Preto a Ji-Paraná o piso, mesmo com as chuvas estão sendo recuperados, mas há locais, onde não foram pintadas as faixas centrais e laterais e já existem buracos. Serviço mal feito.

Rondônia é um dos estados econômica e financeiramente mais estáveis do País. É seguramente a única fronteira econômica brasileira e precisa de maior apoio do governo federal, ação que deve ser cobrada pela bancada federal.

Refazer a base, que é antiga e não tem condições de suportar a demanda de carretas; restaurar toda a pavimentação e duplicar o trecho Vilhena a Porto Velho, com cerca de 700 km são ações imperiosas. Antes da duplicação, trechos críticos como Ouro Preto a Ji-Paraná, de aproximadamente 35 km devem receber a terceira pista nos aclives, para facilitar o tráfego. Já ajuda na fluência dos veículos e segurança e motoristas e passageiros.

Outro problema sério são as passagens por dentro das cidades. Ji-Paraná, depois de mais de 20 anos está concluindo o Anel Viário. Passar por cidades como Jaru, Presidente Médici e Cacoal é um atraso. Complica o trânsito nas cidades e atrasa as viagens irritando moradores e viajantes.  

Se a passagem da BR pela cidade nos tempos de colonização era importante, para a economia das cidades, o mundo atual não permite mais esse tido de “jeitinho” brasileiro, que não planeja, não articula, mas prioriza a corrupção.

A ferrovia Norte-Sul continua um sonho, a restauração e duplicação da BR 364 “um milagre” e de real mesmo, somente o elevado número de acidentes, a maioria fatal, porque o motorista atrasa no mínimo duas no trajeto de Porto Velho a Vilhena, em razão do tráfego complicado, moroso e perigoso.

Outro detalhe importante é a fiscalização. Infelizmente a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não tem efetivo suficiente para poder orientar, fiscalizar, multar, se for o caso e até de prender certos motoristas, que praticam todo tipo de abusos ao longo da BR que fica, ainda, mais perigosa.

Políticos da área federal governo do Estado, Assembleia Legislativa, prefeitos e a sociedade organizada devem pressionar o governo federal, para que a 364 seja adequada a realidade econômica e financeira de Rondônia.

Autor / Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

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