Opinião – Expectativa do eleitor com os planos de governo dos candidatos

Opinião – Expectativa do eleitor com os planos de governo dos candidatos

 O fim do prazo para registro de candidaturas aos postulantes a cargos eletivos deste ano terminou na última quarta-feira (15). Também foi aberto o período de propaganda eleitoral aos candidatos, mas o Horário Eleitoral Gratuito terá início, apenas no próximo dia 31.

Com três dias de campanha não sem pode mensurar o poderio eleitoral de cada candidato, o que deverá ocorrer até o final da próxima semana, quando teremos em mãos as primeiras pesquisas eleitorais. É importante alertar que teremos pesquisas com os mais diversos resultados, mesmo devidamente registrada na Justiça Eleitoral.

As redes sociais, febre que contaminou os marqueteiros da maioria dos candidatos, além dos “voluntários”, muito bem pagos para contaminar as redes com notícias irreais, falsas, que por modismo ou falta de vocabulário os brasileiros chamam de fake news já ocupam espaço nos milhares de grupos na internet.

A perspectiva é que as redes sociais irão “bombar”, como já ocorre, na corrida sucessória onde o eleitor irá votar de presidente de República a deputado estadual, passando por duas das três vagas ao Senado, governador e Câmara Federal.

Em Rondônia o cenário político, ainda, não deslanchou. Dos nove candidatos a governador, quem já mostrou serviço e procurou o contato direto com o povo foi o senador Acir Gurgacz, da coligação “Juntos por um Tempo Novo para Rondônia” (PDT/PSB/PTB/DC/PP/PR) Solidariedade/PTC). Acir percorreu várias cidades do interior mantendo contato direto com as lideranças regionais.

Outro candidato que está trabalhando forte é Expedito Júnior da coligação “Rondônia, Esperança de um Tempo Novo” (PSDB/DEM/PRB/PSD/Patriotas). Inaugurou o Comitê Central em Porto Velho e está percorrendo várias cidades do interior e participando de eventos na capital.

Maurão de Carvalho, da coligação “Rondônia, Unidos Somos Fortes” (MDB/Podemos/PMN/PSC/PCdoB/PHS/Pros/PV) participou na capital e no interior de vários eventos, que marcaram lançamento de candidaturas à Câmara federal, Senado e Assembleia Legislativa. Na próxima semana deverá inaugurar o Comitê Central, na capital.

Foram registrados nove candidatos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) à sucessão do governador Daniel Pereira (PSB). Além dos já citados, está na disputa o PMB do comendador Valclei Queiroz, o PRTB com o coronel Charlon da Rocha e Silva, o PSL do coronel Marcos Rocha, o PSTU de Pedro Nazareno, o Psol do empresário Pimenta de Rondônia e o Rede com Vinícius Miguel.

Como a campanha este ano é curta, pouco mais de cinco semanas, os candidatos devem acelerar os trabalhos a partir da próxima. E também se preparar para sensibilizar o eleitor, através do Horário Eleitoral Gratuito, a partir do próximo dia 31. Quase todos estão gravando para o rádio e TV.

Hoje temos três candidatos em melhores condições de convencer o eleitor, através do contato direto, programa eleitoral no rádio e na TV e nas redes sociais, onde o equilíbrio é maior e numa boa estrutura de campanha, física e de pessoal.

Tudo o que foi abordado é importante, mas o fundamental será o Programa de Governo de cada um. Nenhum deles apresentou nesta primeira semana as propostas para governar o Estado.

Rondônia é um Estado jovem, com pouco mais de 36 anos de emancipação político-administrativa e tem muito que se fazer. Além de saúde, educação, segurança pública, saneamento básico (crítico), boas estradas, o processo de industrialização de parte do que se produz como café, soja, milho, madeira, peixe é fundamental para a continuidade do desenvolvimento econômico, social e político do Estado.

Não basta produzir em quantidade e com qualidade. É preciso industrializar, manufaturar para garantir mão de obra; emprego no campo e na cidade. Também incentivar a produção agrícola e pecuária forte. Rondônia tem um rebanho bovino de 14 milhões de cabeças.

O jovem, além do estudo precisa de horizonte, de ter onde trabalhar, após se formar. Não podemos “expulsar” os jovens talentos, porque não temos emprego para eles. É fundamental a garantia da fixação das famílias, seja no campo, seja na cidade.

O futuro governador precisa de um Plano de Governo que espelha a realidade econômica, social e política do Estado. Sem promessas vãs, soluções mágicas, mas sim de oportunidades de trabalho, inclusive com a criação de empregos fomentando a industrialização da produção pecuária e agrícola que garante a economia forte do Estado.

Autor / Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

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