Opinião – Eleições de poucos debates valorizam programas eleitorais

Opinião – Eleições de poucos debates valorizam programas eleitorais

Porto Velho, RO – No próximo ano teremos eleições gerais a presidente da República, governadores, duas das três vagas ao Senado e deputados (federal e estadual). Nas eleições de 2016, com as novas regras foram eleitos, apenas vereadores e prefeitos, mas os efeitos das mudanças terão reflexos em 2018.

O que mais preocupa é o prazo da campanha, sem esquecer que a proibição de doações de empresas, também é problema. Teremos eleições com novas regras que mudarão completamente a estrutura de campanha.

A redução do prazo de 90 dias para 45 dias exigirá habilidade, agilidade e eficiência, porque um erro cometido no início dificilmente conseguirá ser corrigido nas próximas semanas.

Outro problema sério são os debates em rádio e TV. Hoje vários sites têm condições de promover um debate entre os candidatos. Antes havia casos de até dois debates numa mesma emissora, fosse de rádio ou TV

Ocorriam também debates em emissoras do interior. Nas eleições do próximo ano isso dificilmente ocorrerá, devido a exiguidade do tempo. Ou os candidatos percorrem o Estado em busca do voto, fazendo campanhas nos municípios ou se limitam a participar de debates.

Como já ocorreu nas eleições de 2016 (prefeito e vereador) as redes sociais serão importantes, devido a velocidade. Não pelo conteúdo, que é sempre muito questionável, porque a maioria do material inserido é sem valor jornalístico, de informação, mas sim de especulação.

Se os marqueteiros foram fundamentais em eleições passadas, as do futuro exigirão um esforço maior deles, para que a tecnologia seja muito bem aproveitada em favor dos candidatos. Candidato quem conseguir convencer a maioria dos internautas terá menos dificuldades para receber o voto do eleitor.

Como estamos a pouco mais de dez meses das eleições de 2018 é fundamental a definição dos candidatos majoritários com o máximo de antecedência, como já ocorreu com os pré Maurão de Carvalho (PMDB), Acir Gurgacz (PDT), Jackson Chediak (PCdoB) e Pimenta de Rondônia (Psol). A de Ivo Cassol (PP), por enquanto é uma interrogação. O tempo é valioso.  

As convenções serão realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto para escolha dos candidatos e um prazo de dez dias (15 de agosto) para registro das candidaturas. No dia seguinte (16) serão abertas as campanhas para as eleições em 1º turno, de 2 de outubro, que serão encerradas no dia 29 de setembro.

Serão praticamente seis semanas de campanha. A organização e competência serão importantes ferramentas para os candidatos em 2018.  As reuniões localizadas e organizadas, o bom desempenho nas redes sociais e principalmente as apresentações nos programas eleitorais serão vitais para se conseguir os votos dos eleitores.

Nunca os programas do Horário Gratuito Eleitoral terão tanta importância como nas eleições do próximo ano. Quem quiser levar vantagens que se prepare.

Autor / Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

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