OPINIÃO- Civismo e patriotismo ignorados

 
 
A retirada da matéria de Educação Moral e Cívica do Brasil (OSPB), que era matéria obrigatória na grade curricular das escolas, desde o primário, criada no governo Getúlio Vargas foi ruim para o País. Ela tinha como objetivo ensinar aos alunos valores morais e cívicos.
 
Hoje é comum o cidadão com formação superior não saber quais são os símbolos nacionais. A Bandeira Nacional, que é um deles talvez seja o mais ignorado pela maioria da população, por total desconhecimento de moral e cívica.
 
Em passado não muito distante, o desfile de 7 de Setembro, na Semana da Pátria, que marca a Independência do Brasil era motivo de intensa mobilização popular, não só nos quartéis, mas nas escolas, do primário à faculdade. O cidadão tinha prazer, satisfação e orgulho em comemorar a independência do seu País.
 
 Hoje a data passa quase anônima. A maioria da população nem sabe com exatidão o porquê da importância do 7 de Setembro.
 
A explicação é simples, mas melancólica. É que as escolas com destaque (negativo) para a educação básica, não ensina para a criança e o adolescente o que é civismo, patriotismo, o significado, a importância do conhecimento moral e cívico.
 
Os pais confundem o ensino didático, uma obrigação das escolas, com a educação, que é função específica dos pais, dos tios, dos padrinhos, dos irmãos mais velhos. É o que se aprende em Família, que a cada dia está mais esfacelada. Uma lástima.
 
Em Rondônia temos absurdos de ignorância ao patriotismo. A bandeira de Rondônia hasteada de cabeça para baixo, abuso que ocorre com frequência também em outros locais, na agência do Bradesco da Avenida Carlos Gomes em Porto Velho é um deles.
 
A Assembleia Legislativa provavelmente lidere as ações anti-patriotismo. O ex-deputado estadual Reditário Cassol pisoteou a Bandeira de Rondônia, porque não conseguiu dividir o Estado. Hoje ele é suplente de senador, por Rondônia.
 
Na 7ª legislatura Alex Testoni, hoje prefeito (reeleito em 2012) de Ouro Preto do Oeste frequentava o Plenário de terno e usando boné. Discrepância maior na 8ª legislatura com Adriano Boiadeiro discutindo e votando matérias no Plenário com um chapéu bem maior que o seu cérebro.
 
Além da ignorância ao Regimento Interno da Assembleia Legislativa, que teve que ser modificado, mesmo contrariando os princípios cívicos e patrióticos o Plenário da Casa do Povo tem hasteadas as bandeiras do Brasil e de Rondônia.
 
Rondônia já foi referência no Norte do País com bandas e fanfarras, que foram ignoradas nos dois mandatos do ex-governador Ivo Cassol, filho do seu suplente Reditário, o mesmo que pisoteou a Bandeira do Estado.
 
Voltar ao menos a ser o que já foi será difícil, mas este ano notou-se nas últimas semanas, que vários colégios acionaram suas fanfarras ensaiando para participar do desfile a noite da próxima segunda-feira (7), quando estarão sendo comemorados os 193 anos da Independência do Brasil em Porto Velho. É um alento para o futuro.
 
Temos que rever nossos conceitos – também – sobre civismo e patriotismo.

Autor / Fonte: WC e rondoniadinamica

Leia Também

Comentários