O Anonymous está mais atrapalhando do que ajudando com a sua guerra ao Estado Islâmico

Gizmodo

 

Isso não deve surpreender, mas o Anonymous provavelmente não vai conseguir acabar com o terror no mundo com suas "operações". Relatos indicam que o grupo de hacktivistas não só não está conseguindo atingir o Estado Islâmico, como também está mais atrapalhando do que ajudando.

 

Faz uma semana desde que o Anonymous declarou guerra ao Estado Islâmico. Desde então, várias facções soltaram ataques contra a organização terrorista, a maioria dos quais foi com o objetivo de desativar contas de apoiadores do Estado Islâmico no Twitter. O problema desses esforços está no fato do Anonymous estar atingindo um monte de gente que não tem nada a ver com o Estado Islâmico, de forma que o ataque está parecendo cada vez mais racista e xenófobo.

 

Quase 5.000 contas do Twitter que o Anonymous identificou em um documento “HowToHelp” já foram suspensas, de acordo com o Ars Technica. O problema é que tem muita besteira nessa lista, como diz o Ars:

 

Outra lista de cerca de 4.000 contas postada por membros do Anonymous e revisada pelo Ars inclui contas do Twitter que postaram mensagens de apoio ao Estado Islâmico, mas a maioria não é especificamente sobre o Estado Islâmico. Algumas delas são de palestinos, e outras parecem ser contas "trollando" o Estado Islâmico. Outras são apenas contas com mensagens em árabe.

 

Até mesmo o Twitter diz que essa suposta lista de apoiadores do Estado Islâmico é imprecisa. O Twitter sabe muito bem que o Estado Islâmico usa a plataforma para espalhar a sua propaganda. No entanto, pessoas espertas que entendem um pouco sobre o Estado Islâmico estão lançando campanhas próprias, e o Twitter tem uma equipe de revisão com moderadores fluentes em árabe dedicados a desligar contas vinculadas ao grupo terrorista.

 

Não é nada surpreendente que o Anonymous, em sua tentativa de salvar o mundo, mais atrapalhe do que ajude. Os hacktivistas já fizeram isso antes, e provavelmente voltarão a fazer. Lembre-se de sempre se manter cético quando uma declaração de guerra viralizar no YouTube. [Ars Technica, Daily Dot]

Autor / Fonte: Gizmodo/ Adam Clark Estes

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