Monitoramento confirma ausência de doença de cacaueiro

O monitoramento realizado pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) confirmou a ausência de Monilíase do cacaueiro no Estado. A monilíase ataca o fruto do cacau ou do cupuaçu, inviabilizando sua utilização. Calcula-se que a doença cause prejuízo de cerca de 60% da produção.


 
A monilíase é uma doença causada por fungos, podendo ser identificadas por uma capa branca de pó parecida com talco, pelo apodrecimento dos frutos e aparecimento de manchas verdes, amareladas ou de necrose similares à vassoura de bruxa. A praga é considerada ausente no Brasil, mas ela está presente em países vizinhos, como Bolívia, Colômbia, Peru e Venezuela.


 
O levantamento foi executado através de visita às propriedades que possuem cacau e/ou cupuaçu, vistoriando os frutos em áreas comerciais, lavouras abandonadas, quintais produtivos ou quintais agroflorestais. Em 2013 foram monitoradas 1.913 propriedades, sendo 713 produtoras de cacau, 845 de cupuaçu e 355 com as duas culturas.


 
No total foram vistoriados 9.500 hectares (ha) com cultivo de cacau e 636 ha com cupuaçu. “Observando esses dados, percebe-se que o cupuaçu é muito cultivado em Rondônia como fruteira de quintal, enquanto que o cacau predomina em áreas comerciais”, fala o coordenador do Programa Estadual de Monitoramento de Pragas da Idaron, Getulio Moreno.


 
O coordenador também explica que o monitoramento é feito anualmente por amostragem e que as equipes da Idaron retornam em 20% das propriedades já vistoriadas. “É feito por amostragem, mas considerando propriedades com grande trânsito, em fronteira e em áreas comerciais”.


 
Além da vistoria, os técnicos da Agência orientam os produtores sobre os danos da doença e a procurar a Idaron em caso de suspeita. “É importante que os produtores não usem mudas sem procedência conhecida, não tragam frutos ou mudas de países com a presença da praga e devem lavar bem a roupa que foi usada em locais contaminados antes de entrar na lavoura”, alerta Moreno.


 
Como ação paralela, a Idaron está em contato com a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) para a formação de um grupo de emergência que seria responsável caso a doença entre no país. “Essa parceria é muito positiva no repasse de informações e para a união de forças na frente ao risco de entrada desta praga e os prejuízos que ela pode causar aos produtores e à economia do país”, fala a gerente de Defesa Vegetal da Idaron, Rachel Barbosa.

Autor / Fonte: ascom

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