Ministério Público de Rondônia preside reunião do GNCOC em São Luís

Teve início na manhã desta quinta-feira, 14, em São Luís (MA), a Reunião do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), que reúne integrantes de todos os Grupos de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (Gaecos) do país e atua na integração dos grupos, buscando uma atuação uniforme no combate ao crime organizado. O objetivo do encontro é justamente o intercâmbio de informações e experiências.


 
Durante a abertura dos trabalhos, o Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público de Rondônia e presidente do GNCOC, Héverton Alves de Aguiar, afirmou que o crime está cada vez mais complexo, o que exige dos Gaecos um aprimoramento constante.


 
Ele ressaltou que o crescimento da criminalidade vem sendo sentido em todo o país, sem que haja uma resposta eficaz do poder público no seu combate. "Quando ouvimos alguma proposta, em geral é de combate ao efeito, e não à causa. Relatórios mostram que os crimes de pistolagem têm aumentado na região Nordeste, mas não podemos combater apenas o pistoleiro, mas sim o que está motivando a contratação deles. O crime está se organizando cada vez mais, e o Estado precisa se organizar no seu enfrentamento", enfatizou.


 
O Presidente do GNCOC parabenizou o Ministério Público do Maranhão pela valorização e investimentos realizados no Gaeco. Para ele, a atuação dos grupos de combate às organizações criminosas só podem ter sucesso em seu trabalho se contarem com o apoio e reconhecimento de sua importância por parte das administrações dos Ministérios Públicos aos quais estão ligados.


 
Héverton Alves de Aguiar ressaltou, ainda, que o reconhecimento que o grupo tem recebido é resultado exclusivo das atuações dos Gaecos em seus estados. "O GNCOC é simplesmente o reflexo do que cada um dos senhores, membros de Gaecos, têm feito em seus estados, em suas bases, nessa tão difícil missão que é o enfrentamento das organizações criminosas", afirmou.


 
Ainda na abertura da reunião, a Procuradora-Geral de Justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha, ressaltou a importância do trabalho do Ministério Público no combate ao crime organizado. "O estado do Maranhão, assim como os demais entes federativos, também enfrenta o problema da violência crescente, que atinge a todos de forma indistinta, mormente pela dificuldade que tem o poder público de combater o crime organizado, em virtude de várias questões de ordem legal, social, politica e econômica, cuja resolução necessita de políticas públicas que demandam tempo".


 
Para cumprir esse papel, é indispensável que o Estado possa garantir a segurança de membros do Ministério Público e outros agentes políticos que atuam no combate à criminalidade, ressaltou Regina Rocha. A segurança institucional foi adotada como uma das prioridades da atual gestão da instituição, com investimentos em equipamentos, serviços e capacitação de membros e servidores.


 
"Consideramos que para propiciar uma atuação mais efetiva no enfrentamento à criminalidade, o primeiro passo, que vem sendo dado por nossa administração, é capacitar os membros e servidores a realizar suas atividades com o menor patamar de risco possível diante de cada situação concreta, resguardando não apenas a si e a seus colegas, mas de um modo geral, a toda a instituição e toda a sociedade, que são afetadas quando um representante do MP deixa de realizar seu dever por força da atuação dos criminosos", afirmou a Procuradora-Geral de Justiça.


 
Regina Rocha também enfatizou a importância do GNCOC no combate às organizações criminosas. Para ela, o grupo é "fundamental para sistematizar e, sobretudo, procurar padronizar, em proporções nacionais, a atuação do MP no combate às organizações ilegais, sobretudo quando as suas teias estão consistentemente infiltradas no seio da administração pública".


 
Minuto de Silêncio
 
Antes do início dos trabalhos, foi respeitado um minuto de silêncio pelas vítimas do acidente aéreo ocorrido nesta quarta-feira, 13, em Santos, que vitimou o candidato à Presidência da República Eduardo Campos e ex-deputado federal Pedro Valadares, marido da promotora de justiça Simone Valadares, da Comarca de Zé Doca.
 
Compuseram a mesa de abertura dos trabalhos, além dos Procuradores-Gerais Regina Rocha e Héverton de Aguiar, o Corregedor-Geral do Ministério Público do Maranhão, Suvamy Vivekananda Meireles; o Presidente da Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão (Ampem), José Augusto Cutrim Gomes; o coordenador do Gaeco, Marco Aurélio Cordeiro Rodrigues; e a diretora da Secretaria para Assuntos Institucionais, Fabíola Fernandes Faheína Ferreira.

Autor / Fonte: MP-RO

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