Maurão mobiliza instituições em defesa do Hospital de Câncer da Amazônia

 

Para mostrar a necessidade de o Hospital de Câncer da Amazônia ter assegurado o credenciamento como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), o presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PP), acompanhou o presidente da Fundação Pio XII, Henrique Prata, em visitas ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça, na tarde desta segunda-feira (15).
 
Apoiador do projeto de construção da nova unidade de tratamento aos pacientes com câncer; tendo inclusive destinado uma emenda de R$ 1 milhão para o início das obras de terraplenagem, Maurão se mostrou preocupado com a possibilidade de o projeto ser prejudicado com a perda do credenciamento.
 
"Fui informado pelo Henrique Prata de que um equipamento chamado acelerador de cobalto seria instalado no Hospital de Base, através do Ministério da Saúde, e com isso restringindo a criação de outro Cacon, já que o limite em habitantes é de 1,5 milhão de habitantes. De imediato, me coloquei à disposição para buscarmos somar apoio para que o governo do Estado aborte essa decisão e que o Hospital de Câncer da Amazônia seja credenciado para o procedimento", disse Maurão.
 
No Ministério Público, ao serem recebidos pelo procurador geral de justiça, Airton Marin, Prata explicou que hoje, apesar do funcionamento da unidade de Barretos em Porto Velho, o volume de pacientes que viajam até Barretos (SP) ainda é muito grande.
 
"Temos um atendimento humanizado, mas é distante da casa de quem precisa. Em razão do elevado índice de pessoas com câncer e da distância, decidimos construir essa nova unidade, que tem recebido o apoio de empresários e da sociedade de forma fraterna e voluntária. Não podemos retroceder no projeto, pois muito já foi gasto e inclusive temos emenda assegurada e não podemos desperdiçar recurso público", relatou Prata.
 
O diretor da unidade de Porto Velho, Jean Negreiros, também participou da reunião, ao lado dos promotores Jesualdo Faria e Charles Martins.
 
Prata contou que uma decisão política de implantar o tratamento no HB não pode inviabilizar um projeto grandioso, que oferecerá tratamento digno aos rondonienses e também aos vizinhos.
 
"O fato é que, se for dado continuidade ao projeto de implantação no HB, mata o Hospital de Câncer da Amazônia e com ele o sonho de tratamento digno e mais próximo a milhares de pessoas que precisam", completou.
 
Os membros do MP se mostraram sensíveis à demanda e uma nova reunião deve ocorrer nesta terça-feira (16), com representantes do Ministério Público Federal, para acompanhar o impasse.
 
Presidente do TJ manifesta apoio
 
Após a reunião no Ministério Público, Maurão, Prata e Negreiros se dirigiram até a sede do Tribunal de Justiça, onde foram recebidos pelo presidente, desembargador Rowilson Teixeira, que foi informado do problema e de pronto acenou com o apoio à causa.
 
"Creio eu que se trata de uma questão mais política, mas o Judiciário manifesta o apoio ao projeto do Hospital de Câncer da Amazônia e entende que a importância desta obra se sobrepõe às decisão políticas", afirmou Teixeira.
 
Ao agradecer pelo apoio, Henrique Prata disse estar preocupado. “Não posso ser irresponsável de fazer uma obra que depois vire um elefante branco, sem utilidade e frustrando o sonho de atendimento de milhares de pacientes. Conto com o apoio dos poderes e instituições e com a força da sociedade e de Deus no sucesso dessa empreitada", destacou.

Autor / Fonte: Eranildo Costa Luna

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