A mais alta corte da Itália anulou, nesta sexta-feira (27/03), a condenação por homicídio contra a jovem americana Amanda Knox e seu ex-namorado, o italiano Raffaele Sollecito, dando um fim definitivo ao polêmico caso envolvendo a morte da britânica Meredith Kercher.

 

 

"Acabou", comemorou o advogado de Knox, Carlo Dalla Vedova, após o veredicto. "Não poderia ser melhor do que isso. Ao menos, o erro foi corrigido pela Corte de Cassação." Em comunicado, Knox expressou estar "tremendamente aliviada e grata pela decisão da Corte Suprema da Itália". "O conhecimento de minha inocência me deu força nos momentos mais sombrios dessa provação", disse a americana.

 

 

A advogada de Sollecito, Giulia Bongiorno, reagiu ao veredicto gritando "sim, sim, sim" e pulando nos braços de seus colegas. "Raffaele nunca foi visto implorando ou rezando. Ele tem sido uma pedra. Ele está em casa com seu pai e está muito feliz. O veredicto provou que ele estava correto", comemorou sua advogada.

 

 

O Veredicto da Suprema Corte de Cassação é a decisão final no caso, terminando assim a longa batalha judicial travada por Knox e Sollecito. Tanto Knox, que estava aguardando a decisão em sua cidade natal, Seattle, como Sollecito mantiveram em todo o processo suas declarações de inocência na morte da estudante britânica.

 

 

Já o advogado da família de Kercher, Francesco Maresca, se mostrou claramente desapontado com a decisão. "Acho que esta é uma derrota para o sistema italiano de justiça", limitou-se a dizer.

 

 

Relembre o caso

Knox e Sollecito foram presos logo após o corpo de Kercher ter sido encontrado em seu quarto em Perugia, em 2007. A estudante de 21 anos da cidade de Leeds foi encontrada seminua e com 43 marcas de faca no apartamento que dividia com Knox. Os exames dos legistas mostraram que ela também foi estuprada. A promotoria considerou que a britânica foi morta numa noite de sexo, álcool e drogas.

 

Procuradores alegaram que Kercher foi vítima de um jogo sexual. Knox e Sollecito negaram as acusações e disseram que eles não estavam no apartamento naquela noite. Um homem da Costa do Marfim, Rudy Guede, foi condenado pelo assassinato em um processo separado e está cumprindo uma sentença de 16 anos.

 

Knox e Sollecito foram inicialmente condenados a 28 anos e seis meses e a 25 anos de prisão, respectivamente, mas foram absolvidos em segunda instância, em 2011. Depois de quase quatro anos presos na Itália, Knox retornou aos EUA e Sollecito retomou seus estudos de ciência da computação.

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O crime voltou à tona em 26 de março de 2013, quando o mais alto tribunal criminal da Itália anulou a absolvição de Knox e ordenou um novo julgamento. A americana foi considerada culpada no segundo recurso do julgamento, em janeiro de 2014.

 

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