Ji-Paraná cumpre prazo e vai fazer o seu aterro sanitário com projeto complexo

Em cerca de 15 dias Ji-Paraná vai dar início às obras de construção do aterro sanitário Polo Ji-Paraná para o tratamento do lixo urbano, passo fundamental para atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que exige de todas as prefeituras do Brasil a extinção dos lixões urbanos. Esta foi a notícia comunicada pelo prefeito Jesualdo Pires, nesta quarta-feira (30), em uma entrevista coletiva à Imprensa no Palácio Urupá, no Primeiro Distrito. A prefeitura já pode dar início às obras porque acaba de obter a Licença Prévia da Coordenadoria de Licenciamento e Monitoramento Ambiental (Colmam), da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), documento que atesta a aprovação do projeto junto aos órgãos competentes.

 

“Foi bastante difícil obter esta licença e precisamos de um ano e meio de tratativas para isso. Foram muitas as audiências públicas e discussões, mas o resultado foi um projeto exemplar que contempla todos os itens da legislação ambiental. Nos próximos dias já teremos a licença de instalação e, em seguida, vamos início aos trabalhos do aterro”, disse Jesualdo. “Trata-se de uma vitória para nós de Ji-Paraná porque eu soube que 52% dos municípios brasileiros não conseguiram fazer seus projetos e não vão cumprir os prazos do governo”, frisou o prefeito.


Este aterro sanitário vai receber resíduos de dez cidades da região (Governador Jorge Teixeira, Jaru, Mirante da Serra, Nova União, Ouro Preto do Oeste, Teixeirópolis, Theobroma, Urupá, Vale do Anari e Vale do Paraíso), é será uma referencia para todo o Estado. Também será uma fonte adicional de arrecadação, uma vez que ao depositar seus resíduos neste local, as demais prefeituras precisarão recolher os respectivos impostos ao erário ji-paranaense.

 

Ele será construído em uma área de 36 hectares, ao lado do atual aterro controlado de lixo, que funciona próximo ao km 11 da BR-364, depois do posto da Polícia Rodoviária.  O investimento de R$ 8,5 milhões, recursos oriundos da iniciativa privada, será coordenado pelo Consórcio Intermunicipal da Região Centro Leste do Estado de Rondônia (Cimcero). A empresa responsável pelos trabalhos no local é a MFM Soluções Ambientais, que já realizou com êxito um projeto semelhante na cidade de Vilhena. 


O presidente do Cimcero, João Nunes,  complementou que esta situação do aterro sanitário se arrasta há 11 anos e agora, com o prefeito Jesualdo Pires, foi, enfim, levada a  frente. O êxito também deve ser dedicado ao nível da equipe técnica, integrada por especialistas da USP e da Unicamp, capazes de realizar testes complexos e atender às rigorosas exigências da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sedam) e do Conselho Estadual de Política Ambiental (Consepa). 


O representante da MFM Soluções Ambientais,  Fausto Moura,  confirmou que o trabalho deverá estar concluído até a metade do mês de dezembro. “O que nos falta ainda é recolher a compensação ambiental e entregar o Plano Básico Ambiental. Feito isso começaremos as obras. Agradeço o prefeito Jesualdo Pires e a Câmara Municipal de Vereadores pelo apoio”, salientou.
 
 
Estiveram presentes também na coletiva de imprensa o secretário de Meio Ambiente de Ji-Paraná, Reinaldo Pereira de Andrade, a assessora executiva da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), Katia Casula, além dos vereadores Affonso Cândido (PSDC), C. Gomes (PSDB), Edivaldo Gomes (PSB), Ida Fernandes (PV), Jessé Mendonça (PDT), Josiel Brito (PMDB), Júnior do Postinho (DEM), Lorenil da Silva (PSC) e o presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Município de Ji-Paraná, Clederson Viana.


Vereadores reconhecem a necessidade da obra para Ji-Paraná
Presente ao evento o vereador Lorenil Gomes, presidente da Comissão da Câmara de Vereadores, nomeada para acompanhar a execução da obra do aterro sanitário, declarou que a MFM Soluções Ambientais tem o conhecimento e a capacidade técnica necessários  para realizar a execução do aterro sanitário em Ji-Paraná. “Acompanhei o trabalho que esta empresa fiz em Vilhena e vi que foi muito bem feito. Não poderíamos cometer o erro de trazer uma empresa que não tivesse condições de tocar aqui esta obra tão difícil”, argumentou.


Já o vereador Edivaldo Gomes ressaltou que este esforço também deverá ser canalizado para auxiliar a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Ji-Paraná (Coocamaji), situação apoiada de imediato pelo prefeito Jesualdo Pires. “Eles possuem a verba para construção da sede, mas precisam da contrapartida da empresa MFM para começarem. Esperamos que em curto espaço de tempo esta questão também seja resolvida. Lá, hoje, trabalham 65 famílias e com esta nova obra do aterro sanitário podem chegar a cem famílias”, disse o vereador.


O apoio à obra também foi declarado pelo vereador Jessé Mendonça Bitencourt que parabenizou a prefeitura, a comissão da Câmara dos Vereadores e o Cimcero. O vereador Affonso Cândido salientou que a aprovação da licença obra vai de fato começar em pouco tempo. “Nós, da Câmara, esperamos que essa obra possa sanar as necessidades da cidade neste setor e servir de exemplo para todo o estado de Rondônia”, complementou. Por fim, o vereador Júnior do Postinho fez alusão à obra em Vilhena e pediu que os mesmos cuidados sejam tomados aqui   “para que possamos concluir os trabalhos com sucesso e no prazo acertado”.

Autor / Fonte: ascom

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