Hospital de Base ficou uma hora e dez minutos sem energia elétrica, diz Sinderon

Porto Velho, RO – O diretor de Condições de Trabalho do Sinderon (Sindicato dos Profissionais de Enfermagem no Estado de Rondônia) Flávio Tavares Leite, que é técnico de enfermagem no Hospital de Base, presenciou uma situação crítica na unidade de saúde.

De acordo com Leite, o Hospital de Base ficou uma hora e dez minutos sem energia elétrica, o que, para uma unidade de saúde, é algo extremamente preocupante, segundo o sindicalista.

– Ficamos das onze horas da noite até meia-noite e dez, por aí, sem energia elétrica. Foi um caos total. Havia dez pacientes na UTI destinada a adultos e outros três na unidade específica para quem tem problemas cardíacos. Nossa equipe está reduzida. Nesse meio tempo, um paciente foi a óbito. Outros, transplantados, mas conscientes, pediam que, pelo amor de Deus, os tirassem dali. O calor era insuportável. Os respiradores mecânicos dos pacientes começaram a apitar, um barulho ensurdecedor. Foi um pandemônio – revelou Flávio Tavares.


Flávio Leite falou a respeito do ocorrido e diz que pacientes são os mais prejudicados / Foto: Rondoniadinamica

– Existe um gerador no Hospital de Base que deveria começar a funcionar poucos instantes após a queda de energia, mas isso não aconteceu. Ficamos esse tempo todo e até agora não há uma resposta para o ocorrido. Não sabemos se está estragado ou algo assim. Não sabemos se poderemos passar por algo semelhante de novo. É ruim para o profissional que trabalha diuturnamente e é pior ainda para o paciente, que não está acostumado a essa situações extremas de estresse – relatou.

Flávio finalizou revelando que, por conta da equipe reduzida, as chances de contaminação são ainda maiores, principalmente sem energia elétrica:

– Há casos de pacientes na UTI em que devemos tratar cada paciente de forma diferenciada sem ter contato com outros, para evitar contaminação. Não é isso que tem acontecido, porque somos poucos. As chances de uma contaminação são enormes. Não há como cuidar de apenas um paciente sem lidar com outros. Há dias que não temos sequer condições de dar banho nos pacientes, apenas verificar os sinais vitais e fazer a medicação. Estamos de mãos atadas – concluiu.

Autor / Fonte: Rondoniadinamica

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