França realiza homenagens à professora de ginástica assassinada por suposto jihadista

 

© Fournis par RFI

Centenas de pessoas participaram neste domingo (26) de uma marcha em homenagem à professora de dança e ginástica Aurélie Chatelain, em Caudry, no norte da França, de onde ela era originária. No último domingo (19), o corpo da mulher de 32 anos foi encontrado baleado, dentro de seu veículo incendiado, em Villejuif, na periferia de Paris. O estudante argelino Sid Ahmed Ghlam, de 24 anos, incriminado pela Justiça francesa por ter planejando ataques contra igrejas católicas, é o principal suspeito da morte de Aurélie.

 

Vários parentes e amigos da professora de dança e ginástica participaram da homenagem levando uma rosa branca ou uma tulipa lilás, que eram as flores preferidas dela. Muitos manifestantes levaram cartazes com a inscrição "Je suis Aurélie" (Eu sou Aurélie, em português), em referência ao slogan "Je suis Charlie", popularizado após o atentado contra a redação da revista Charlie Hebdo no dia 7 de janeiro em Paris. Outros participantes do protesto levaram fotos da professora de ginástica.

 

Ontem, em Villejuif, cidade onde ela foi assassinada, cerca de dez mil pessoas realizaram uma marcha. O local de encontro do evento foi uma das igrejas que seriam alvo potencial do atentado supostamente planejado pelo estudante argelino. Logo depois, foi realizada uma cerimônia de homenagem em presença do ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.

 

 

Sid Ahmed Ghlam

Ghlam foi preso no último domingo, depois de telefonar ao Samu, alegando ter se ferido a tiros. A polícia foi acionada e, seguindo o rastro de sangue do rapaz, encontrou um carro com um verdadeiro arsenal no interior, entre armas de guerra, munição e coletes à prova de balas. No apartamento do jovem outros três fuzis foram encontrados.

 

Na sexta-feira (24), ele foi incriminado por "assassinato" e "tentativa de assassinatos com relação com uma rede terrorista". Ele estaria em contato com ao menos uma pessoa na Síria que teria explicitamente lhe passado a ordem de realizar um ataque contra uma igreja católica.

 

Ontem, o jornal francês Aujourd'hui en France publicou em uma matéria na qual afirma que a polícia tem certeza de que Ghlam estudou igrejas que poderiam ser o alvo de atentados. Ele teria observado os locais durante uma semana, todos os dias, antes de ter tentado agir, no domingo, para quando o ataque estaria programado.

 

Também de acordo com a polícia, ele teria tentado roubar o carro da professora para realizar o atentado. Ao reagir, ela teria sido baleada e Ghlam se feriu na perna.

 

 

Projeto profissional

Originária do no norte da França, Aurélie tinha acabado de chegar na região parisiense para fazer um curso de Pilates. A professora de ginástica era mãe de uma menina de 5 anos. De acordo com o prefeito de Caudry, Guy Bricout, Aurélie estava muito orgulhosa de sua nova formação na capital que, segundo ele, "era um grande projeto para sua carreira profissional".

 

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Autor / Fonte: RFI

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