Em artigo, advogado esculacha partidos que tentam emplacar novo prefeito de Vilhena

Filiado PROS, Caetano criticou “analfabetismo político”


O advogado Caetano Vendimiati Neto enviou artigo para os principais veículos de comunicação da cidade, no qual é contundente ao criticar o encontro de partidos políticos, realizado em Vilhena no último sábado, 21, no qual foram discutidos os nomes de possíveis candidatos a prefeito.


 Reunião de partidos deu analfabetismo, despreparo, promoção de interesses pessoais e nada de política pública

Reunidos no último sábado (21), ao todo, 13 partidos  (PV, PSDB, PP, PSC,  PPS, DEM, PDT, PT, PROS, PTC. PTN, PTdoB, PTN), verificou-se um festival de hipocrisia, analfabetismo, despreparo da coisa pública, e de sobra, muito interesse pessoal. 


O êxito do desenvolvimento de uma cidade depende necessariamente da sua obra política e, em mantendo esse descuido pelos “fazedores” da política local e ainda, a vigorar o analfabetismo político administrativo somado ao despreparo e o total desconhecimento da atividade pública que se revelou cada pretendente, e pior, com forte recheio de “arranjos pessoais”, Vilhena poderá caminhar para o destino incerto, sujeita a ser administrada por uma gestão dominada no passado, pelas irregularidades, ilegalidades, desvio de recursos, facilidades, nepotismo exacerbado e atuação por interesses pessoais e nada mais. O povo é  mero detalhe!


De falar e falar, foi um horror sob o aspecto quanto a debater os graves problemas que atinge Vilhena e seu povo. Sem apresentar quais apontamentos de como administrar a coisa pública, sem mencionar nada sobre projetos de política municipal de saúde, educação, geração de empregos, fomento de empreendimentos e outros, o que restou foi arroto coletivo. Ali se percebeu que a maioria dos presidentes partidários, salvo rara exceção, sequer conhece o Estatuto e o Programa do Partido Político que representa e nada conseguem contribuir para uma construção de respostas que Vilhena precisa e almeja. Falar de gestão pública então, nem pensar.


Sem a presença dos pré-candidatos, a advogada Vera Paixão (PSC), Caputi (PSB) e Julinho da Rádio(PSOL), este último já teria afirmado que não fará coligação, os demais, – Eduardo da Granja (PV), Jaime Bagatolli (PSDB), Josemario Secco (PDT), Junior Donadon (PSD) e Sandro Fontana (PPS),  foram ao final convidados para fazer uso da palavra. Daí aconteceu o pior. 


 Junior Donadon (PSD) que está mais próximo de ser inelegível por dois motivos,  tentou vender uma imagem de que conhece a coisa pública. Não convenceu. Se assim o fosse e na condição de presidente da Casa de Leis, teria evitado ou no mínimo tentado evitar o caos instalado na administração da cidade. Foi conivente, subserviente, deixou correr as mazelas públicas e tratou de seus interesses escusos, impróprios e antiéticos. Que digam Gustavo e Rover. Sozinho no PSD, tendo ele, mais ele e somente ele no partido, já que os demais filiados não passam além de seus asseclas assessores nomeados em cargos de comissão na Câmara Municipal,  o partido não tem mais ninguém. 
Sua inelegibilidade tem duas frentes. Junior filiou ao PSD depois do dia 2 de abril - data limite para filiação aos detentores de mandato – embora o Partido PSD informou ao TSE no dia 14 de abril – data para encaminhar relação de seus filiados – afirmou que Junior teria se filiado em 2 de abril, contudo para tal, à época, a filiação teria que ter sido cadastrada no filiaweb do TRE para comprovar data de filiação o que, segundo dados do TRE não foi feito. Pode ser impugnado seu registro numa simples representação eleitoral. 


Além disso, Junior Donadon foi condenado pelo Juízo de Vilhena, junto com Melki Donadon e Marlon Donadon a perda da função pública e direitos políticos quando atuou como Procurador Geral do Município na administração Marlon no caso de alienação de imóveis que causou prejuízos ao povo de Vilhena na ordem de 600 mil reais. Na esteira da condenação, Junior Donadon foi multado a devolver aos cofres do município o valor de 100(cem) vezes o salário de Procurador Geral à época devidamente atualizado. Com recurso em andamento no Tribunal de Rondônia, parecer da Procuradoria daquela Corte é pela manutenção da sentença. É um péssimo exemplo de homem público. Deve perder a função pública de procurador efetivo e o cargo de vereador. Não merece representar quaisquer cidadão Vilhenense, nem por sonho como Prefeito. Deus salve Vilhena. 


Junior para se aproximar do grupo lançou seu nome como pré-candidato e pela educação política coletiva foi convidado a participar. Na verdade, tem a intenção de garantir uma coligação para vereador que lhe permita entrar e assegurar facilidades de reeleição. Não detém quaisquer possibilidade de aceitação do grupo, ninguém quer te-lo por perto. Vai tentar enfiar seu nome garganta abaixo.  


O pré-candidato do PPS, Mario Madeireiro, apresentado pela vereadora Valdete, pessoa simpática, afável e indica ser empreendedor mas não sabe de onde vem nem pra onde vai à Administração Pública. Nunca ouviu falar disto. Estranho ao meio e fora do ninho político. Esta sendo usado pela vereadora para promover entendimento no grupo e ajustar coligação para garantir a ela sua reeleição, já que o PPS não tem mais do que três a quatro candidatos a vereador. É interesse pessoal único e exclusivo, nada de amor ao povo e a Vilhena.


José Mariosecco(PDT) iniciou afirmando sua ingenuidade no processo. Reclamou dos entendimentos prévios ajustados e não cumpridos. Vai reclamar ao senador Acir, presidente do PDT. Choro de superado. Ao final abriu mão para Jaime Bagatolli. Sem comentários. Pareceu ato negocial.  Despreparo total.


Jaime Bagatolli (PSDB) com o mais longo discurso nada disse sobre como cuidar da atividade pública. Arrotou que quer administrar a cidade como ele administra a coisa privada. Ledo engano, na atividade privada é permitido tudo o que a lei não proíbe, tipo, dar desconto, exonerar, contratar, comprar de quem quiser, fazer como quiser, até sonegar impostos que recolhe do povo que adquire seu produto. Já na pública, só pode fazer e realizar aquilo que a lei permite e nada mais. Mostrou desconhecimento, despreparo e total analfabetismo político. Pareceu mais preocupado com a possibilidade de ocorrer uma desafetação da Av. Major Amarantes que encerra sua extensão nas terras do “empreendedor bolsista”.


Eduardo da Granja (PV) com poucas palavras recebeu manifestação de apoio de 6 a 8 partidos ali presentes. Disse que vem procurando os partidos e iniciou pelos que não se apresentavam com pré-candidatos. Fechou entendimentos e está na frente dos demais, no mínimo, o quíntuplo degrau para chegar à Prefeitura.


 Não esperou por ninguém, foi em busca de conversar, ouvir, debater questões de solução para a cidade, razão da participação do PROS na reunião, contudo, o japonês buscou e tratou de fechar alianças, Ao final da reunião os demais se viram em desvantagem e por despreparo arrotaram pedindo prazo para ajustar entendimentos na busca de formar convencimento e tentar conquistar aliados. Foi aprovado prazo de 20 dias. Errou os que aceitaram.


Ficou provado que Eduardo, que além de ter até slogan de campanha “o japonês vem ai”, parece ter aprendido rápido a ciência política, o que não se verifica nos demais que arrotando pelos cantos, querendo ser o escolhido por WO (vitória fácil), estão atrasados e muito e ainda, sem nenhum “tato” político, já perderam o bonde do processo e serão apenas co-autores nesse jogo de buscar o voto do eleitor. Podem ajudar nessa vitória, caso contrário, vão ficar com seus arrotos.

Caetano Neto – Secretário Geral Estadual do PROS  

Autor / Fonte: Folha do Sul/ Caetano Neto

Leia Também

Comentários